Em queda livre na tabela e na confiança após sete jogos sem vencer, Falcão terá de ser médico no Beira-Rio. Não para curar lesões musculares, e sim tratar um vício esportivo.
O Inter que ele herdou de Argel Fucks é um time dependente do balão, da ligação direta, da bola alçada, do cruzamento. Os sintomas da dependência apareceram claramente contra o Palmeiras. Será preciso um período de reaprendizagem para jogar com um mínimo de normalidade.
Leia mais:
Piffero mantém otimismo e descarta risco de rebaixamento: "Não faz parte do cenário do Inter"
Pedro Affatato passa a integrar o departamento de futebol do Inter
Julinho Camargo pede demissão no Boa-MG, mas nega retorno ao Inter
Incorporar de imediato o conceito de aproximação e troca de passes de seu novo técnico é impossível, mas sinalizar o caminho na prática para ontem é urgente. Não se trata de jogar bem ou mal, mas de voltar a jogar.
Após a fase de balonismo, o futebol do Inter passa perto da terra arrasada, e olha que detesto esta expressão.O que virá, se este caminho mínimo for retomado, é algo para ver lá adiante. Só evitar o pior? Beliscar G-4? Título, no maior milagre deste o Advento da Criação?
Nesse momento, o que o Inter necessita é de uma desintoxicação futebolística. Pensar em metas de tabela é colocar a carreta adiante dos bois. A torcida terá de ter essa compreensão, embora seja estranho exigir paciência da paixão. Libertar-se de um vício não é nada fácil.
O Inter definitivamente não é o Bayern, mas também não é o Íbis para sequer chutar na direção do gol adversário. No ano passado, ganhou seis jogos por 1 a 0 com pancadas de fora da área do ambidestro Vitinho, em jogadas criadas por ele. Andrigo fez gol na final do Gauchão enfiando uma bomba no ângulo, da entrada da área. E Sasha. Estão todos retraídos.
Há um tanto de terapia no caminho de Falcão.
Será que vai dar tempo de ser técnico?
Acompanhe o Inter no Colorado ZH. Baixe o aplicativo:
Google Play
*ZHESPORTES