Má informação é pecado. Opinião não é.
D'Alessandro errou ao criticar a Primeira Liga. O torneio não atrapalha o calendário. O torneio fará com que os clubes brasileiros contratem mais jogadores, ofereçam mais espaços aos garotos da base. A competição renderá mais emprego aos atletas de um país atacado pelo desemprego em todos os setores.
A Primeira Liga não enreda o calendário. As equipes usarão times mistos em alguns jogos. A primeira edição do torneio é experimental. Serve para unir os clubes, promover um intercâmbio, plantar a semente de uma liga maior, mais abrangente, verdadeiramente nacional. Os resultados de campo, as rendas, a audiência não importam tanto na primeira experiência.
Os clubes precisam ser donos dos seus campeonatos. A CBF deve cuidar só da Seleção. O caminho para a construção de uma liga de clubes é árduo. Nada nascerá numa noite. É preciso aproximar clubes, CBF e federações.
D'Alessandro contribuiu ao criticar. É preciso ouvir os dois lados com a máxima atenção. É necessário colocar mais jogadores na discussão.
Mas a posição do camisa 10 argentino durou algumas horas. Foi enquadrado pelo número 1 do futebol do Inter, Carlos Pellegrini. Jogador segue as ordens das instituições. Logo o jogador mudou de opinião, de posição. Pellegrini mostrou que o futebol colorado tem liderança e que o vestiário deve estar sob o controle dos dirigentes.
D'Alessandro faz parte do Bom Senso FC, movimento que tenta mudar as estruturas do futebol brasileiro e quer até a presidência da CBF. O Bom Senso é contra a Primeira Liga e deseja um calendário mais racional. Está errado no primeiro movimento. Acerta em cheio no segundo.
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