Jogasse sempre como no Gre-Nal, o Inter estaria no topo. O que quebra o ano colorado é a irregularidade. O clássico 408 foi uma exceção. A disposição que se observou no Beira-Rio não é comum. A má jornada gremista ajudou. Mas a grande partida do time sob o comando de Argel Fucks não dependeu do Tricolor. Se o adversário fosse outro, a vitória nasceria naturalmente. Creio que nem o Corinthians de Tite resistiria.
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Nunca se viu um Inter como o deste domingi em 36 rodadas do Brasileirão: marcação forte, disposição, postura. Entrega. Antes de tudo, a equipe foi solidária. Vitinho disputou bola na lateral da sua defesa. Anderson flutuou pelo campo inteiro. Rodrigo Dourado foi meia e foi volante. São só três exemplos.
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Foi o coletivo que permitiu que alguns jogadores tivessem uma grande atuação, superassem os rivais. Em mais uma longa entrevista, Argel criticou a imprensa. Certo ele. Foi criticado quando errou. É a vez dele criticar quem quiser e receber elogios por ter superado Roger Machado.
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O que ganhou o jogo foi a motivação. Mais do que a aplicação de qualquer sistema tático, o suor decidiu o clássico. Mais uma vez o Gre-Nal provou que o favoritismo se encerra quando a bola começa a rola. A grande aplicação colorada merecia uma público maior. Menos de 36 mil pessoas compareceram ao Beira-Rio.