Não havia expectativa de torcida na chegada do Inter do México após a eliminação na Libertadores pelo Tigres. Mas a imprensa recepcionou a delegação. Quem mais falou foi o presidente Vitorio Piffero, que agora quer buscar o título da Copa do Brasil e uma colocação mais favorável no Brasileirão.
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D'Alessandro até parou para fazer foto com um torcedor no saguão, mas quando viu que outros o cercavam, saiu do aeroporto. Um homem provocou o capitão colorado, que retrucou. Os demais jogadores deixaram o aeroporto sem falar. O lateral-direito William deixou o saguão escoltado por colorados, em um gesto de solidariedade para consolar o jogador.
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O Inter viveu uma maratona desde o apito final do jogo, na noite de quarta-feira, até o embarque de volta a Porto Alegre, já na madrugada desta quinta. A partida acabou às 22h de quarta, no horário mexicano. A volta ao hotel se deu em torno de de 23h, mas o deslocamento ao aeroporto era em seguida, às 2h30min, porque o voo saía às 5h.
Não havia como dormir. O suspiro de um dirigente tomado pelo cansaço e pela frustração da derrota por 3 a 1 foi quase em silêncio.
- Ah, futebol...
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A seu lado, o diretor de futebol Carlos Pellegrini, emendou:
- Futebol é assim. Sexta tem treino à tarde e já embarcamos no sábado para o jogo contra a Ponte Preta. É soldado no quartel. É importante que tenha jogo no domingo.
Pellegrini pareceu quem melhor digeriu a decepção de Monterrey. Reconheceu os méritos do Tigres e não se dobrou aos ares de perplexidade geral que assolou o restante do grupo.
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O que preveleceu foi o silêncio na madrugada do Inter. Durante uma hora, a delegação permaneceu no aeroporto à espera dos procedimentos de embarque do voo charter 9381. Não havia movimento, apenas uns raros funcionários para atender justamente a delegação do Inter. O vazio do ambiente amplificava o silêncio do grupo. Parecia cena do filme Terminal, com Tom Hanks.
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Os jogadores vasculhavam o celular, não se falavam, devido ao cansaço. Mas também por causa da visível frustração de quem ainda sofria latente a queda do sonho da Libertadores. E uma queda avassaladora. Sem rodeios.
Diego Aguirre, que é já quieto ao natural, acrescentava agora o abatimento, tanto quanto o seu auxiliar Carrera, que o substituíra no comando do time em campo. O técnico assistiu ao jogo de uma sala de controle do estádio. Foi de lá, do alto do Vulcão, que ele viu o drama do seu amigo tentando apagar o incêndio provocado pelos tigres Aquino, Gignac, Arévalo e Sobis.
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Houve algum sinal de contrariedade com a escalação do time determinada por Aguirre. A reserva de Sasha, por exemplo. Em um camarote reservado aos dirigentes colorados, chamou atenção quando Anderson e Vitinho apareceram por lá. Estavam fora do jogo.
Mas não há crítica a Aguirre, embora aumente a pressão por uma vaga no G-4 do Brasileirão ou o título da Copa do Brasil, o que amenizaria a ferida provocada pelo Tigres. Por enquanto, o elogio ao time de Sobis é mais adequado, justifica a impossibilidade de bater um time mais forte. Não há nada a reclamar da noite desastrosa. Ao contrário.
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Na saída do estádio, um grupo de torcedores do Inter teve de passar entre os amarelos torcedores mexicanos. Em vez de animosidade, foram tratados com atenção. Trocaram abraços e até imploraram para cambiar as camisetas. Ao Inter não há mesmo do que reclamar.
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