A emoção pela classificação à semifinal não pode esconder as dificuldades do Inter. Não pode um clube com o investimento de quase R$ 11 milhões mensais ter de parir uma bigorna para eliminar o Cruzeiro, de modesta folha de R$ 165 mil.
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Para se ter uma ideia da diferença de tamanho entre os clubes, 10 jogadores promovidos dos juniores pelo Cruzeiro neste ano, somados todos os salários, recebem R$ 1,5 mil. Nem é salário, é ajuda de custo.
Não se trata apenas de salários. A estrutura, as condições de trabalho, os recursos médicos e até mesmo a alimentação fazem diferença na hora da decisão. Por isso, é preciso revisão interna quando a classificação contra um rival de tão menor tamanho exige tanto suor e drama.
É saudável comemorar a vaga e também lembrar que vitórias épicas, como a desta quarta-feira e aquela sobre o Emelec, dão liga para o grupo e energizam o vestiário, como bem disse Diego Aguirre. Mas também é salutar fazer uma revisão interna. Todo esse sofrimento sinaliza que o Inter ainda precisa de ajustes urgentes. Não se pode contar que o destino lhe sorria sempre.
Opinião
Leonardo Oliveira: Inter eletrizante, mas também preocupante
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