Após o terremoto provocado por Fabrício, o Inter terá um novo candidato a camisa 6 diante do Cruzeiro, nesta quarta-feira, às 22h, no Beira-Rio, pelas quartas de final do Gauchão: Geferson.
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O lateral-esquerdo baiano de 20 anos, com fala mansa, dono de 12 tatuagens espalhadas pelo corpo e de inabalável confiança, parece pronto para o desafio de encarar uma das posições amaldiçoadas do Inter. Desde a saída de Rubens Cardoso, campeão do mundo em 2006, passaram pela lateral-esquerda, e sempre foram contestados, os seguintes nomes: Hidalgo, Marcelo Cordeiro, Ramón, Marcão, Kleber e Fabrício.
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- Com fé, isto acaba agora - afirma Geferson. - Esta chance veio com a saída de um amigo, o Fabrício. Mas a vida segue. E espero provar ao Inter que não será necessário contratar mais um lateral-esquerdo - acrescenta o armador, que virou volante e que foi transformado em lateral no Vitória.
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Filho da dona de casa Eliene e do funcionário público Gérson, o lateral-esquerdo foi registrado com G em auto-homenagem do pai. O irmão, Gérson, 13 anos, recebeu uma deferência menos sutil. Criado na religião católica, devoto de Nosso Senhor do Bom Fim, Geferson tem diversas mensagens tatuadas nos braços e nas pernas. Uma delas, é seu lema de vida: "Quem tem fé não precisa de sorte".
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- Aprendi muito assistindo ao Kleber jogar. Eu ainda estava nos juvenis do Inter e gostava de vê-lo em campo. Fabrício também me ensinou muito. Ele sempre foi um cara tranquilo, pegou a todos de surpresa. Fabrício cobrava que eu apoiasse mais (no treino de ontem, foi lembrado pelos companheiros com um cone, vestido com um colete e que foi carinhosamente chamado de "Fabrício"). Espero colocar estes ensinamentos em prática - conta o jogador.
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Adaptado a Porto Alegre, onde chegou após ser analisado atuando pelo Vitória, na Copa Votorantim, torneio sub-15, disputado no interior de São Paulo, Geferson já se sente em casa. No CT Parque Gigante afaga o vira-latão Preto (na foto, ao lado de Geferson), o simpático cão de dois anos que é alimentado pelos funcionários do Inter. Em casa, é dono do Chow-chow Wayne.
- No Vitória, comecei como armador, acabei virando volante e, por necessidade em uma partida, fui colocado na lateral. Enganei bem e nunca mais deixei a função - recorda ele. - Me sinto muito bem no Inter. Quero me consagrar aqui e chegar à Seleção Brasileira - completa o lateral.
Com 1m82cm de altura e 75 quilos, Geferson vem se aprimorando na marcação e nos cruzamentos. Poderá provar isto contra o Cruzeiro. Em meio aos jogos, conta mentalmente quantas vezes foi à linha de fundo e quantos cruzamentos fez. Contra o Passo Fundo, foram sete.
- Sei que preciso jogar muito bem, pois estou perto de realizar um sonho: jogar a Libertadores - afirma Geferson.
Se a fé de Geferson se mantiver forte, ele deverá se fixar como o mais novo titular de Diego Aguirre na temporada. No Gauchão e a partir da semana que vem, na Libertadores, contra o Universidad de Chile.
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Gauchão
Contra o Cruzeiro, Geferson herda posição de Fabrício no Inter
Lateral-esquerdo quer aproveitar a oportunidade para dar fim às contestações na posição: "Isto acaba agora"
Leandro Behs
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