
Depois de aprovar no último sábado (5) uma mudança no estatuto do clube com 98% dos votos, os sócios do Grêmio abriram de vez a possibilidade de Romildo Bolzan Júnior concorrer à presidência mais uma vez. Por isso, na zona mista da Arena, antes da partida contra o Fluminense, o mandatário tricolor comentou o fato.
— Isso não é uma questão pessoalizada. Nós vencemos todas as etapas de situação jurídica do clube. Esta é a coisa que deve ser dita. Nós fizemos uma votação no Conselho Deliberativo. Fizemos essa avaliação que, para dar uma maior segurança jurídica, uma assembleia geral que ratificaria todas as pendências da reforma estatutária. Aconteceu isso, e o mais importante é que 4,5 mil associados participaram. Então, é um processo legítimo, de mobilização, que o Grêmio faz a partir do entendimento dos seus torcedores. Terminada toda essa situação, vamos agora para a construção política do processo. Mas isso tudo é matéria lá para o final do ano — comentou Romildo.
Dado o sucesso do clube dentro e fora de campo, no âmbito financeiro, uma reeleição de Romildo é tratada como viável até mesmo pelos conselheiros que já fizeram oposição a ele em outros pleitos. Com o primeiro turno da eleição previsto para o fim de outubro, não se descarta, por exemplo, que o atual mandatário tenha seu nome aclamado ainda no Conselho Deliberativo, sem a necessidade do voto do sócio. Ou seja, Bolzan só não permanecerá no cargo se não quiser.
— Não sou daqueles que, para mim, é sacrifício. Para mim, não é problema. Não tenho sacrífico com a família ou com o trabalho. Consigo conciliar essas coisas todas. Para mim, estar no Grêmio é um enorme prazer. Então, se tiver que ser, será. Estou simplesmente fazendo o processo andar sem valorizar uma questão pessoal minha. Estar aqui no Grêmio para mim é uma enorme vontade — comentou.
Romildo foi eleito presidente do Grêmio pela primeira vez em outubro de 2014, para um mandato de dois anos. Em novembro de 2016, acabou reeleito por outros três anos. Uma reeleição representaria a permanência do atual Conselho de Administração até 2022.
— O Grêmio criou um ambiente maduro de convivência. Mas vocês sabem que se perder um ou dois jogos, cai a casa. É que o nível de maturidade política do Grêmio chegou a tal ponto que uma má jornada não está gerando na desconstituição do processo político ou administrativo do Grêmio — concluiu.