Entre o desejo de Renato Portaluppi e a realidade, existe a falta de dinheiro no cofre. O técnico, que sonha com um meia e um atacante, promete "quebrar a cabeça" enquanto os nomes não são encontrados no mercado.
E torce para uma solução até 9 de março, data de estreia na Libertadores, contra o venezuelano Zamora.Neste momento, conforme Renato, está bem adiantada a negociação com um meia. O nome, porém, é mantido em sigilo. Sabe-se, apenas, que atua fora do país.
– Estão atrás de um meia. E é de fora do Brasil – confirma um empresário ouvido por Zero Hora.
Leia mais:
"Às vezes, os times têm mais medo de perder do que vontade de vencer", diz Maicon sobre Gauchão
Edílson sente desconforto em jogo-treino com vitória do Grêmio sobre o São Gabriel
São Paulo já foi notificado a não repassar ao Atlético-MG dinheiro que Grêmio tem a receber por Victor
O reforço não é necessariamente brasileiro, já que, até 4 de abril, estará aberta a janela para contratações de jogadores do mercado estrangeiro. Uma alternativa que chegou a ser estudada era Óscar Romero, do Racing, mas este acertou-se com o Alavés, da Espanha.
Nomes como Ganso, do Sevilla-ESP, e Bruno César, do Sporting-POR, ficam muito acima das condições financeiras do Grêmio. Vale o mesmo para Marlos, ex-São Paulo, hoje no Shakhtar Donetsk-UCR. Em 2016, o clube ucraniano recusou uma oferta do inglês Tottenham.
Domingo, antes da partida contra o Passo Fundo, o empresário Jorge Baidek revelou que um brasileiro atualmente fora do país manifestou o desejo de disputar a Libertadores pelo Grêmio. Mas nenhuma proposta foi feita.
– Nosso papel é o de oferecer as alternativas. Mas o clube trata com vários empresários – diz Baidek, sem revelar o país em que atua o jogador que pretende voltar ao Brasil.
Para contratar um atacante qualificado, o Grêmio necessitaria de uma boa dose de ousadia. Poderia, por exemplo, tentar atravessar a negociação que o Vasco faz com o chinês Tianjin Quanjian para trazer Luís Fabiano.Ou aproximar-se dos palmeirenses Rafael Marques e Lucas Barrios, ambos sem espaço com a chegada do colombiano Borja.
O mais provável, considerada a realidade financeira do clube, é que sejam trazidos reforços médios. O mesmo perfil dos laterais Léo Moura, Leonardo e Bruno Cortez, do volante Michel, e dos atacantes Beto da Silva e Jael, os nomes trazidos até o momento.
A direção, que também procura um zagueiro, não fixa prazo para qualquer anúncio.
– Tratativas existem, sim. Mas não há nada concreto – avisa Saul Berdichevski, diretor de futebol, questionado sobre o meia e o atacante com que sonha Renato.
*ZHESPORTES