Ninguém jogou mais partidas no Grêmio este ano do que Douglas. Junto a Marcelo Grohe, o camisa 10 disputou 51 dos 64 jogos do time em 2016. Poupado no Gre-Nal por desgaste muscular, o meia será o grande reforço da equipe de Renato para a decisão contra o Cruzeiro nesta quarta-feira, no Mineirão, abrindo a semifinal da Copa do Brasil.
Embora seja o veterano do time, com 34 anos, Douglas se mantém como referência técnica. Neste Brasileirão, é o gremista que mais deu assistências, com quatro passes para gol. Também é o vice-artilheiro do time na competição, com quatro gols marcados. Um deles decidiu a vitória no Gre-Nal do primeiro turno, no Beira-Rio. Participou de 22% dos 36 gols do time no campeonato.
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Com a chegada de Renato Portaluppi, o meia mudou de função. Com Roger, jogava mais perto do gol adversário, entrando na área a todo momento. Agora, voltou ao papel de armador clássico. Segundo Gustavo Fogaça, analista de desempenho e comentarista da Rádio Gaúcha, Douglas cria 2,3 oportunidades por jogo.
– Se com Roger ele era adepto de receber e tocar rapidamente, com Renato voltou a ser quem controla o tempo da bola e do jogo (antes Maicon realizava isso). Neste posicionamento, ele é mais facilmente marcado. Mas sua inteligência e qualidade técnica permitem que Douglas encontre soluções onde ninguém encontraria – observa Fogaça.
Em 2015, Douglas também foi um dos que mais jogou pelo Grêmio. Ao lado de Marcelo Oliveira e Giuliano, disputou 58 das 67 partidas no ano. Auxiliar de Tite na Seleção, Cléber Xavier não tem dúvida em afirmar que Douglas teria chance de convocação se tivesse mais cuidado com a condição física. Tal recomendação era passada com insistência ao jogador entre 2012 e 2013, período em que trabalharam juntos no Corinthians.
– Se fosse mais atleta, Douglas seria top nos melhores times da Europa. Não tenho dúvida disso. Também teria chance na Seleção. Tite e eu já falamos isso para ele – afirma Cléber.
Em 2010, como jogador do Grêmio, ele foi convocado pelo então técnico Mano Menezes. Novas chances só não vieram pela falha cometida contra a Argentina, que possibilitou um gol de Messi.
A inteligência e a qualidade no passe são os fatores que mais impressionam o auxiliar técnico. Cléber ainda vai esperar para ver se Douglas irá manter o mesmo rendimento a partir da nova função a ele designada por Renato. Mas segue inabalável sua confiança no talento do camisa 10.
– É jogador do nível de Ganso, Jadson, Giovanni Augusto e D'Alessandro – acredita.
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Camisa 10
Após pit stop, Douglas volta ao Grêmio em decisão com o Cruzeiro
Meia é o grande reforço para o time de Renato para o jogo no Mineirão
Adriano de Carvalho
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