Sabidamente, os clássicos adquirem contornos superiores. Mexem muito mais com as emoções. O estado de ânimo dos torcedores entra em ebulição. E todos querem ganhar. Ou, pelo menos, não perder.
Pois deu empate. Um a um, com dois tempos completamente distintos. No primeiro, houve um predomínio do Caxias, mas sem grandes chances de gol. Na verdade, jogando menos, o Juventude perdeu dois lances cruciais na cara do goleiro grená.
A etapa final demonstrou uma clara inversão de monopólio da partida. Aí, despontou a atuação do Juventude, impondo-se nitidamente no meio-campo e forçando ataques de alto periculosidade. Daí, ter obtido o tento de empate e desperdiçado outras chances preciosas, com uma delas batendo na trave.
O Caxias optou por jogar o segundo período mais precavido, tentando se fechar mais e só avançando em contra-ataques, alguns dos quais bem concatenados.
Ao final, pode-se dizer que o resultado ficou de bom tamanho. Mas levando em conta que a equipe alviverde teve a seu favor 13 escanteios contra quatro. Para um bom entendedor, esse dado deve significar alguma coisa.
Chama a atenção que o Caxias foi para seu quarto empate consecutivo, computado o jogo da Copa do Brasil, contra o Atlético-PR. Depois de um ritmo em alta velocidade, talvez pela tranquilidade da classificação garantida, a marcha tenha sido alentecida. É de se ver.
Quanto ao Juventude, na etapa derradeira, como já salientei, realçou o melhor desempenho de toda a temporada. Resta saber se manterá esse mesmo padrão e, aliás, vai precisar muito, porque o jogo de domingo, no Alfredo Jaconi, é crucialmente decisivo. E para os dois lados. Portanto, um jogo de alta tensão.