A vitória do Brasil sobre o Chile por 1 a 0 nesta quinta-feira (2) levou os comandados de Tite ao recorde histórico de sete vitórias seguidas em Eliminatórias, superando a marca do time de Pelé antes da Copa do Mundo de 1970. Gerson, volante do Olympique de Marseille, não participou dos outros triunfos, mas estreou na Seleção melhorando o desempenho da equipe na segunda etapa, quando saiu do banco de reservas para jogar.
— Muito feliz por estar pela primeira vez com a Seleção principal, ainda mais em um jogo difícil com uma vitória. Espero continuar nela — celebrou o jogador, em entrevista coletiva após a partida, detalhando:
— Me senti confortável, bem. Tenho que melhorar, ainda, trabalhar para estar sempre evoluindo, porque nunca estaremos 100%.
Além de Gerson, convocado pela primeira vez por conta das restrições de ligas europeias, Weverton — do Palmeiras e chamado por Tite desde a Olimpíada vencida por ele em 2016 — também ganhou uma oportunidade. O goleiro foi titular e salvou o Brasil de sofrer gols no melhor momento chileno no primeiro tempo. Ele mesmo admitiu que foi a sua melhor atuação individual com a camisa da Seleção.
— Quando sai sem sofrer gol já é uma grande noite. Penso que evitar o gol é a minha missão. Com a vitória se torna ainda mais especial, estou muito feliz por ter contribuído de alguma forma para ela — comemorou, também em coletiva depois da partida.
O próximo duelo, contra a Argentina, deve ter Weverton titular mais uma vez, enquanto Gerson segue como opção no banco. Ainda assim, o volante se credencia para criar dúvidas na cabeça de Tite depois da boa estreia contra o Chile.
— (Tite) Pediu para entrar e que fizesse o que sempre faço, jogar tranquilo. Me passou confiança, isso ajuda bastante por ser meu primeiro jogo — revelou Gerson, projetando:
— Tem que pensar em seguir trabalhando. Se for para ser titular, estou pronto, se não, não.
Matheus Cunha, outro estreante da noite pelo time principal, também vislumbra uma vaga entre os 11 que iniciam o jogo marcado para o domingo (5).
— Foi um jogo muito difícil. O Chile em casa tem muita qualidade. Soubemos suportar eles. Entramos bem, ajudamos, fizemos o possível para isso e acredito que conseguimos. O importante é descansarmos para manter a cabeça focada no próximo objetivo. É sempre bom deixar a dor de cabeça no treinador porque o grupo é muito forte e todos querem jogar — comentou Matheus, campeão olímpico em Tóquio.