A vitória do Brasil por 2 a 0 sobre o Uruguai, nesta terça-feira (17), em Montevidéu, mostrou a Tite o equilíbrio que ele queria ver em sua equipe. O começo de Eliminatórias é de números positivamente históricos para a Seleção, com quatro vitórias em quatro jogos, porém nem todos eles vieram com as mesmas dificuldades. As diferentes posturas dos adversários moldam o desempenho dos brasileiros em campo, explicou o técnico.
— Sabíamos que a história de hoje (quarta-feira) seria diferente à da Venezuela. Sabíamos que seríamos mais exigidos defensivamente, mas que também teríamos mais espaço para jogar — detalha, enaltecendo eficiência da defesa e efetividade do ataque, em entrevista coletiva após o jogo.
O desafio da convocação para a terceira e quarta rodada era a ausência de Neymar. Casemiro também não estava disponível, e possibilitou experiências nas primeiras funções do meio de campo. Contra o Uruguai, Arthur, ex-Grêmio, abriu o placar com chute da entrada da área.
No entanto, a vitória por dois gols sobre os rivais históricos no Estádio Centenário não é indicativo de que a equipe esteja pronta. A próxima convocação e rodada estão marcados para março de 2021, daqui cinco meses, em um futuro ainda incerto para Tite por conta dos efeitos da pandemia de coronavírus no calendário esportivo.
— É muito oportunista falar de um jogo ou de outro. A equipe vai se consolidando, amadurecendo, percebendo as dificuldades e reagindo — comentou, antes de reafirmar a confiança que tem nos novos nomes que apareceram na ausência de outros mais consolidados:
— A gente sabe a importância de botar uma camiseta de seleção e vir para um clássico. O Uruguai nos venceu em 1950 e cada vez que se joga tem um peso.
Tite alcançou o melhor desempenho da Seleção Brasileira em Eliminatórias para a Copa do Mundo. O Brasil é o único país do mundo a disputar todas as edições da maior competição da modalidade desde 1930.