Chegar às quartas de final é a grande obsessão do México na Copa do Mundo 2018. E não poderia ser diferente. Afinal, os mexicanos convivem há 24 anos com uma maldição. Nos últimos seis Mundiais seguidos, a equipe sempre foi eliminada nas oitavas de final. Para atingir tal feito, um dos trunfos é o polêmico rodízio de atletas promovido pelo técnico Juan Carlos Osorio.
O ex-treinador do São Paulo costuma rodar bastante o grupo de jogadores e também trocar a formação tática. Nas eliminatórias, predominou o esquema 4-3-3. Nos amistosos de março contra Islândia e Croácia, por sua vez, o técnico atuou com três zagueiros, por vezes recuando os alas e formando uma linha de cinco defensores.
— No México, há muitas críticas ao sistema de Osorio, porque ele roda os jogadores sem manter um esquema e um time-base. Isso é um dos pontos francos do time, além da contenção, onde normalmente joga com apenas um volante central, deixando a equipe exposta — alerta o jornalista mexicano Guillermo Zavala, da Televisa.
Um exemplo do rodízio está nos últimos amistosos. Na vitória por 3 a 0 sobre a Islândia, o treinador escalou apenas Raul Jiménez no ataque, em uma espécie de 5-4-1. Contra a Croácia, porém, Jiménez foi sacado e o time atuou com três atacantes: Carlos Vela, Chicharito e o jovem Hirving Lozano. Perdeu por 1 a 0.
Entre os principais nomes mexicanos ainda estão atletas experientes, como o goleiro Ochoa (Standard Liege-BEL), o meia Andrés Guardado (Betis-ESP) e o atacante Chicharito (West Ham-ING). No meio-campo, destaque para Héctor Herrera, do Porto-POR, que funciona como uma espécia de motor do time.
— O ponto forte desta equipe é que a maioria dos jogadores que estão na Europa vem tendo certa regularidade. Por isso, se espera que eles cheguem em um bom nível no Mundial — completa Zavala.
Na Copa do Mundo 2018, o México está no Grupo F, ao lado de Alemanha, Suécia e Coreia do Sul. Dependendo do resultado, os mexicanos podem enfrentar o Brasil justamente nas malditas oitavas de final.