Nos últimos anos, o Enem vem crescendo em um ritmo intenso. O exame deste ano registrou 7,1 milhões de candidatos confirmados. Ao mesmo tempo, a cada ano que passa, aumenta também o número de instituições que aderem ao exame e ao Sisu como ferramenta de seleção.
Apesar dos percalços já enfrentados nos últimos anos, como vazamento de provas e polêmicas em torno da correção da redação, especialistas em educação costumam reforçar a ideia de que a adesão ao teste nacional e ao sistema unificado é um caminho dominante entre as instituições públicas de Ensino Superior.
A decisão do Conselho Universitário da UFRGS de não utilizar o Sisu no próximo vestibular foi cautelosa e acertada. O cuidado é importante porque, mesmo que a universidade decida aderir ao processo no futuro, é interessante que o assunto seja divulgado com um prazo que permita aos estudantes ter tempo para se organizar e se preparar da melhor forma.
O Enem e o Sisu têm o mérito de apontar para um parâmetro nacional curricular e de abrir possibilidades de escolha que extrapolam as geografias regionais, mas debater, pesquisar e avaliar as vantagens e as desvantagens de alterar um processo seletivo consolidado e bem executado como o da UFRGS nunca é demais.
Vestibular da UFRGS
Ângela Ravazzolo: "Cautela necessária"
Conselho decide na manhã desta sexta-feira não aderir ao Sisu no próximo concurso
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