O secretário estadual de Segurança Pública, Sandro Caron, pediu, nesta quarta-feira (12), que a população não compartilhe em redes sociais ou aplicativos de troca de mensagens conteúdos com possíveis ameaças a instituições de ensino. A orientação é que as denúncias sejam encaminhadas para os canais oficiais de órgãos policiais.
— Pedimos que o cidadão que receba informações de ameaças a escolas comunique os canais oficiais, mas evite compartilhar, porque isso, infelizmente, vem criando uma situação de pânico nas pessoas. Garantimos que nenhuma informação é subestimada e todas são checadas — assegurou o secretário, em entrevista a GZH.
As denúncias podem ser feitas pelos telefones 190 e 181. O Ministério da Justiça e Segurança Pública também criou um canal exclusivo para recebimento de informações de ameaças e ataques contra as escolas. Em nenhum dos casos é exigida a identificação do denunciante.
A investigação das mensagens com ameaças ocorre por meio de um trabalho integrado de policiais de todos os Estados e da Polícia Federal. Foi assim que, nesta terça-feira (11), a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) recebeu a informação de que havia uma suspeita de ataque envolvendo um adolescente de Maquiné. A Polícia Civil instaurou um inquérito e fez uma solicitação de mandado de busca e apreensão, logo autorizada pela Justiça.
— Toda informação que chega é verificada, checada e investigada. Em casos em que há algum indício verdadeiro, fazemos a ação, como aconteceu em Maquiné — explica Caron, salientando que a maioria das denúncias não procede, mas, mesmo assim, houve um reforço no patrulhamento das escolas, por parte da Brigada Militar.
No Rio Grande do Sul, a força-tarefa que direciona as ações de inteligência policial também conta com a participação da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS).