Problema recorrente e admitido pelo governo do Estado, a falta de manutenção em parte das escolas é um dos pontos de atenção da Secretaria de Obras Públicas do Rio Grande do Sul (Seop), afirma a nova titular da pasta, Izabel Matte. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (6), ela afirmou que há um estudo em andamento para reduzir a burocracia nos reparos emergenciais de baixa complexidade. A análise é feita em parceria com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc).
— Estamos trabalhando para ter uma estrutura ou uma empresa, inclusive dividida em territórios, para que ela faça essa manutenção mais rápida — destaca.
Há também a intenção de ter uma empresa, dentro da estrutura do Estado, que elabore os projetos para reduzir o tempo despendido nas licitações. A secretária explica que não há a intenção de dispensar licitação nas intervenções, e sim de diminuir o prazo de trâmite, enquanto alunos, quadro de professores e servidores são prejudicados pelas más condições dos locais:
— Fica impossível, quase, cada vez que tem uma obra fazer todo o processo licitatório. E estamos falando de três a quatro meses só para licitar. Esse senso de urgência, temos de despertar isso. E criarmos condições de ter uma resposta mais rápida.
A Seduc tem autonomia financeira para a chamada manutenção continuada, e toda execução é feita através do gabinete da Educação. Na prática, a ajuda oferecida pela pasta de Obras é um trabalho conjunto do corpo técnico. A secretária defendeu que medidas paliativas podem ser tomadas enquanto ocorre, em paralelo, um projeto maior para a instituição, mantendo salas de aula e demais ambientes com o mínimo de condição estrutural.
Na última segunda-feira (2), Raquel Teixeira foi reconduzida ao cargo a secretária de Educação. Na cerimônia, ela confirmou que 28 endereços com problemas significativos estão listados como prioridade. Nesta sexta, Izabel Matte afirmou que não trabalha com esse número, pois com base em relatórios de diretores, o total de pontos com necessidades urgentes pode variar.
Sobre o quadro de servidores e a disputa das empresas privadas por esses profissionais, a secretária de Obras disse ter um plano: motivar quem está na ativa:
— Ter muitas pessoas não necessariamente significa ter mais eficiência e eficácia. Temos de identificar as pessoas certas nos lugares certos. Trabalhar em estabelecer parceria e motivar, pois temos servidores bastante qualificados. Minha aposta é nisso — defendeu Izabel.