Vemos na crise situações novas que requerem flexibilidade, adaptação e mudança. Por outro lado, quando nos deparamos com situações onde temos que mudar nossa qualidade de vida e enfrentar o desemprego chega a dar um desespero. Aí que temos que pensar na nossa vida como uma grande roda gigante com pequenas cabines presas a ela. Há cabines que sobem, e há as que descem. No mundo há um ciclo que se repete. Quem está lá em cima feliz e sorridente não passa de um equivocado, pois a roda está girando. Do mesmo modo, quem está na parte inferior da roda e está triste, precisa saber que a roda continua a girar. É assim que funciona.
Para tanto, aproveite enquanto estiver na cabine de baixo para tomar algumas decisões, como se atualizar fazendo cursos, desenvolver a resiliência e buscar fazer uma jornada interior de auto avaliação para rever atitudes que devam ser descartadas pois não tiveram êxito. Busque avaliar sua vida como um todo e analise quem são seus verdadeiros amigos.
Com quem você verdadeiramente pode contar. Busque desenvolver habilidades nunca antes testadas. Se prepare e mude aspectos aos quais não servem mais para o momento. Assim como se você estivesse arrumando o seu armário. Descarte peças que você não usa mais. Reorganize em compartimentos fechados pensamentos que são seus aliados nesta guerra e descarte pensamentos que lhe puxem pra baixo e que são sabotadores. Mude de profissão se for o caso, até para se recolocar no mercado pois talvez seja necessário para o momento.
E quando a cabine estiver lá em cima você estará mais preparado para novas oportunidades. Pois você aproveitou a crise para se tornar uma pessoa melhor e mais preparada para o mercado.Pessoas vencedoras aproveitam momentos difíceis para crescer ao invés de reclamar. Saber que tudo passa é determinante para a vitória.
Reagir positivamente à mudança é o que nos diferencia dos acomodados. Esperar sentado não resolve o problema. Empresas que sobreviveram na crise se mostraram fortes para inovar se adaptando aos novos tempos. Este é o segredo. A adaptação vem desde a criação do mundo e foi o que garantiu a nossa sobrevivência geração a geração.
Até a cultura e os valores da empresa podem mudar desde que sejam para competir e vencer. Criatividade e flexibilidade para buscar soluções novas são determinantes nesta luta para se manter. A roda girando lentamente já indica um estado permanente de mudanças onde estar receptivo às situações novas pode ser um passo a mais para a subida.
Temos que acabar com a cultura do deixa pra depois e também com a cultura do aqui e agora. Temos que enxergar a floresta e não a árvore. Senão é como um carro em alta velocidade para chegar um pouco antes ao destino, correndo o risco de perder tudo. Temos que dar o nosso melhor mesmo antes de chegarmos na cabine de cima. Sempre acreditando que é possível.
Tolerância à frustração ou a receber críticas é fundamental neste processo de mudança de status da roda. Muitas vezes estamos com todo gás mas ao recebermos uma crítica nos ofendemos, reagimos sem calcular consequências. Nosso ego tem que ser humilde. Somos apenas seres humanos impotentes com o nosso livre-arbítrio diante das mudanças a nós destinadas.
Temos que fazer escolhas certas para definir nosso caminho mas se ao primeiro obstáculo desistirmos nossa subida será mais lenta. Se você me perguntar: “Estou fazendo o máximo que posso e não vejo resultado”, a minha resposta será: “Se você está fazendo a sua parte, quando menos esperar a roda vai subir e com ela o seu acento da cabine”. Faça a sua parte e espere que com certeza chegarás novamente ao topo.