Um curso de qualificação promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) superou 200 mil inscrições em todo o país nesta semana. A iniciativa é voltada a agentes comunitários e de combate a endemias.
Até agora, foram 236 mil inscritos para 200 mil vagas ofertadas entre os meses de março e abril em dois cursos. Com isso, haverá cadastro reserva por conta de tantas pessoas interessadas.
Os cursos serão aplicados à distância e são fruto de um convênio entre a UFRGS, o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais. As seletivas e contratações acontecem a partir de editais da Fundação de Apoio da UFRGS, a Faurgs, que também faz a gestão dos recursos do convênio. O início das aulas está previsto para agosto de 2022.
Além disso, uma pesquisa inédita vai ser aplicada com coleta de dados em cinco mil e quatrocentos municípios do Brasil. Os objetivos são colher indicadores sobre o perfil dos agentes de saúde e avaliar quais os impactos dos cursos de qualificação na prática desses profissionais.
De acordo com a professora Daniela Knauth, da coordenadora acadêmica dos cursos, a intenção é aproveitar a presença dos trabalhadores acompanhando esses cursos para conhecê-los melhor.
— Queremos saber quem eles são, saber a formação, a área de atuação, traçar os perfis deles em todas as regiões do país, e também avaliar no que isso pode impactar no conhecimento prático — explica a professora.
Ainda conforme Daniela Knauth, a pesquisa ajudará a entender o que os próprios cursos podem agregar em conhecimento e habilidades, além de avaliar o impacto futuro da qualificação desses profissionais dentro das comunidades onde atuam.
Os cursos oferecidos são para dois tipos de agentes: os comunitários de saúde, que trabalham ligados a equipes de saúde da família, atuam nas comunidades, residências e possuem um foco de trabalho na conscientização e prevenção de doenças; e os agentes de vigilância em saúde, que atuam com doenças endêmicas, como as relacionadas ao meio-ambiente, e também garantem um enfoque maior em uma espécia de "fiscalização" das comunidades.