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A taxação de compras internacionais gerou R$ 2,8 bilhões aos cofres do governo brasileiro em 2024. O número representa aumento de 40% em comparação com 2023, quando foi recolhido R$ 1,98 bilhão em impostos sobre encomendas de fora do país.
Apesar do aumento na arrecadação, houve queda no número de compras internacionais. Conforme apuração do g1, a Secretaria da Receita Federal informou que os brasileiros importaram 187,12 milhões de mercadorias em 2024, cerca de 11% a menos do que os 209,58 milhões de produtos adquiridos em 2023.
O crescimento na arrecadação é resultado da implementação da chamada "taxa das blusinhas". Em vigor desde agosto do último ano, o imposto de 20% sobre compras de até US$ 50 passou a valer também para operações de pessoas físicas, a fim de evitar que empresas burlassem o sistema de taxação da Receita Federal.
"O aumento da arrecadação vai ao encontro da criação do Programa Remessa Conforme e o estabelecimento, pelo Congresso Nacional, da tributação sobre todas as remessas, independentemente do valor da importação", informou a Receita Federal.
Pelas regras aduaneiras, o Imposto de Importação de 20% incide sobre o valor do produto, incluídas cobranças de frete ou de seguro. Os 17% de ICMS vão ser cobrados após somar-se o valor da compra e o Imposto de Importação.
Outro fator que colaborou para o aumento da arrecadação foi a disparada de 27% do dólar em 2024, o que alavancou o valor de importações por meio de remessas internacionais. Foram arrecadados R$ 16,6 bilhões, contra R$ 6,4 bilhões em 2023.