A principal companhia aérea da Argentina, a Aerolíneas Argentinas, e sua subsidiária Austral anunciaram nesta terça-feira (5) o início de um processo de fusão para reduzir custos no contexto do forte impacto que a pandemia de covid-19 tem causado ao setor de aeronaves comerciais.
"Hoje (terça-feira), por meio de uma carta endereçada aos trabalhadores de ambas as empresas, o presidente do grupo empresarial, Pablo Ceriani, anunciou a fusão da Aerolíneas Argentinas e Austral", relata comunicado sobre a decisão. O processo começará quando a assembleia de acionistas puder se reunir e deve terminar antes de 2021.
Privatizada em 1990 e de volta ao Estado em 2008, a Aerolíneas Argentinas é a maior companhia aérea do país, com 80 aeronaves. A fusão busca reduzir a infraestrutura, uma vez que ambas as empresas têm sua própria área de manutenção para atender suas respectivas aeronaves.
Além disso, cada companhia tem seus pilotos, tripulação de cabine e pessoal de terra "duplicando estruturas organizacionais", de acordo com a carta divulgada aos funcionários.
A reorganização da empresa pode significar uma economia de até US$ 100 milhões, segundo a imprensa argentina. A fusão também permitirá a criação de uma nova unidade de negócios para fornecer manutenção de aeronaves a outras empresas, bem como uma unidade de negócios de carga.