A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu aprovar sem restrições o acordo entre a brasileira Embraer e a americana Boeing. O aval foi dado na tarde desta segunda-feira (27) pelo superintendente-geral do Cade, Alexandre Cordeiro Macedo.
Como a operação não recebeu restrições, as empresas não serão obrigadas a tomar medidas como venda de ativos para concorrentes.
A aprovação da superintendência é, em tese, final. Porém, de acordo com o regulamento do Cade, ainda pode ser contestada por algum dos conselheiros em até 15 dias. Nesse caso, seria levado ao tribunal para deliberação em colegiado.
Embraer
Terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo, atrás de Boeing e Airbus. A área responde pela maior parte do faturamento, com mais de 1,7 mil aeronaves em operação, vendidas para cerca de cem companhias de 60 países. É líder em jatos comerciais de até 130 assentos, usados em voos de até 3,7 mil quilômetros. É a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. Na aviação executiva, soma mais de mil jatos comercializados para mais de 70 países. No segmento de defesa, produz aeronaves como o Super Tucano e o cargueiro KC-390.
Boeing
É a maior empresa aeroespacial do mundo, líder em jatos comerciais, especialmente para longas viagens. Fabrica ainda aeronaves militares (helicópteros, caças e bombardeiros), satélites e sistemas eletrônicos de defesa, entre outros. É a maior exportadora de produtos manufaturados dos Estados Unidos. Tem como clientes companhias aéreas e governos de mais de 150 países.
Nova companhia
O projeto do cargueiro
Também será formada joint venture (nova empresa com sociedade dividida) específica para comercializar os cargueiros militares KC-390. A aeronave é considerada um dos produtos mais promissores da Embraer neste setor.
Fica como está
As áreas de aviação executiva e segurança continuam com a Embraer. Não entram no negócio.