SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Banco do Brasil e o UBS anunciaram nesta quarta-feira (6) serão sócios na área de banco de investimentos. Pelo acordo, que depende de aval dos órgãos reguladores, o UBS terá 50,01% das ações, e o BB, 49,99%.
Pelo acordo, o UBS cede a plataforma de investimentos e corretora de valores do banco no Brasil, enquanto o BB dará acesso aos clientes para a atração de negócios para o banco de investimentos.
A operação de gestão de grandes fortunas e de ativos do UBS não serão incorporadas ao novo negócios, conforme detalhado no fato relevante divulgado ao mercado. As duas instituições devem detalhar os termos do negócio nesta quinta (7).
Pelo acordo, BB e UBS indicarão três membros para o conselho de administração do banco de investimento. A presidência do conselho será do BB, enquanto a vice-presidência será nomeada pelo UBS, assim como o presidente executivo da instituição.
Uma das motivações para o acordo era a dificuldade dos dois bancos em fazer frente à concorrência nas assessoria para operações de fusões e aquisições e ofertas de ações no Brasil.
Segundo dados da Refinitiv, o UBS está em vigésimo primeiro lugar na assessoria a fusões e aquisições e em nono lugar na emissão de ações, neste ano até o início de setembro. O BB, não muito ativo em assessoria a fusões, está em décimo lugar no ranking.
Não é a primeira vez que o UBS tenta aumentar sua presença no mercado brasileiro. Em 2006, o grupo suíço comprou o controle do banco de investimentos brasileiro Pactual de seus sócios por US$ 2,5 bilhões. Três anos depois, o banqueiro André Esteves comprou de volta o controle do banco com seus sócios por um preço similar, e mudou seu nome para BTG Pactual, hoje o maior banco de investimento independente da América Latina.