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Economistas projetam que o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019 dependerá especialmente das negociações em torno da reforma da Previdência. Na avaliação dos especialistas, a aprovação do projeto no Congresso é necessária para ajustar, ao menos em parte, as contas públicas.
Com o eventual avanço da proposta, a confiança de investidores no país poderia subir, devido à sinalização de que o governo buscaria controlar suas finanças, argumenta a pesquisadora Juliana Cunha, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV). Assim, haveria mais espaço para investimentos nas empresas e, consequentemente, para novos empregos.
– A reforma da Previdência é extremamente importante. Mas, se houver qualquer crise política que a ameace, a expectativa de crescimento da economia também será freada. A reforma é o primeiro passo para a melhoria do cenário – pondera Juliana.
Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central (BC) estimam alta de 2,48% para o PIB em 2019. A projeção integra a edição mais recente do boletim Focus, divulgada pelo BC na segunda-feira (25).
– Existem incertezas relacionadas ao desempenho da economia, mas a aprovação de reformas como a da Previdência trará razões para o país crescer mais – afirma o gerente de análise econômica do Sicredi, Pedro Ramos.
Conforme analistas, além de eventuais riscos à aprovação de mudanças no sistema de aposentadorias, o tímido avanço de 0,1% do PIB no quarto trimestre do ano passado também acende sinal de alerta. Por causa da fraca reação do indicador nos últimos meses, o economista Adalmir Marquetti, professor da PUCRS, relata não ser tão otimista para 2019:
– Não vejo crescimento tão elevado neste ano. Talvez o resultado seja um pouco melhor do que o de 2018 (quando houve alta de 1,1%). Existem incertezas.
A proposta de reforma da Previdência foi enviada à Câmara dos Deputados pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 20. Não há confirmação de quando a proposta será apreciada pelos parlamentares. Depois de eventual aprovação na Câmara, o texto ainda precisará avançar no Senado.