Mais um diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entregou o seu cargo na gestão de Paulo Rabello de Castro, que teve início em junho. Ricardo Baldin, diretor das áreas de Controladoria, Gestão de Riscos e Tecnologia da Informação, é o terceiro executivo a deixar o banco desde que Rabello de Castro assumiu.
A informação foi confirmada pelo BNDES. O banco de fomento informou que o diretor não declarou o motivo para sua saída. O jornal Estado de S. Paulo apurou que seria por divergências com o novo presidente. Baldin entrou no BNDES em junho do ano passado, a convite da antecessora de Rabello de Castro, Maria Silvia Bastos Marques.
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Há cerca de duas semanas, pediram demissão do BNDES o ex-diretor das áreas Financeira, de Crédito e Internacional Claudio Coutinho e o ex-diretor da área de Planejamento e Pesquisa Vinicius Carrasco. As saídas deles ocorreram logo após críticas feitas por Rabello de Castro à Taxa de Longo Prazo (TLP). Ambos estavam envolvidos nas discussões sobre a criação dela. A TLP poderá passar a ser usada em empréstimos do banco a partir de 2018.
Após o mal-estar com a equipe econômica do governo, Rabello de Castro voltou atrás e disse estar totalmente "vinculado ao projeto". Na terça-feira (18), ele assinou nota em conjunto com Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento, e com Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, destacando pontos que justificam a criação da taxa.
Baldin não participava das discussões da TLP. O executivo era o responsável pelas Comissões de Apuração Interna, disse uma fonte. Antes de entrar no banco, ele montou uma empresa de consultoria e assessoria contábil e empresarial, onde ficou até ser nomeado diretor do BNDES. Baldin também teve passagens pelo Itaú Unibanco e pela PricewaterhouseCoopers (PwC).