O mercado voltou a piorar as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2016. De acordo com o relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC), as estimativas para a atividade econômica mostram aprofundamento da recessão, com a retração passando de 3,37% para 3,40% no final deste ano. Em relação a 2017, também houve piora, com projeção de PIB positivo em 1% – há uma semana, a estimativa era de avanço de 1,13%.
Esta foi a sétima semana consecutiva de piora nas previsões para a atividade econômica brasileira em 2016. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,22%.
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Inflação
Os economistas do mercado financeiro melhoraram as projeções para a inflação em 2016. O relatório Focus mostra que a mediana para o IPCA – o índice oficial de inflação – deste ano passou de 6,84% para 6,80%. Há um mês, estava em 6,89%.
Para 2017, o índice permaneceu em 4,93%. Há quatro semanas, apontava 5%.
Elevação da dólar
Outro indicador alterado pelo relatório Focus nesta semana é estimativa de câmbio no Brasil, ainda sob a influência da vitória do republicano Donald Trump nas eleições americanas. De acordo com o documento do BC, a cotação da moeda norte-americana estará em R$ 3,30 no encerramento de 2016, ante R$ 3,22 de uma semana antes. Há um mês, estava em R$ 3,20.
Para o fim de 2017, a mediana para o câmbio permaneceu em R$ 3,40 nesta semana, mesmo valor registrado há um mês.
Taxa básica de juros
Economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa de que a Selic, atualmente em 14% ao ano, passe por apenas mais uma redução de 0,25 ponto porcentual em 2016, no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês.
Assim, o relatório Focus estima a taxa básica de juros fique em 13,75% ao ano ao final deste ano. Na prática, se confirmado, isso significará um corte igual ao promovido pelo BC em 19 de setembro.
Há um mês, antes do "efeito Trump" sobre as perspectivas, os economistas esperavam que a Selic terminasse 2016 em 13,5%. Para o fim de 2017, a projeção do Focus seguiu em 10,75% ao ano, ante 11% ao ano de um mês atrás.
