Os produtores de maçã do Rio Grande do Sul colheram 142 mil toneladas a menos da fruta neste ano. Foram 492 mil toneladas na safra de 2015, contra 350 mil neste ano, o que representa uma queda de 28,8%. A queda ficou acima do que era esperado no início da colheita, em janeiro. Na época, a estimativa era de 15% a 20%.
Conforme o presidente da Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi), com sede em Vacaria, o clima foi determinante para a diminuição da safra. Assim como outras variedades frutíferas, a maçã precisa de uma sequência de 700 horas com temperaturas abaixo de 7,2 °C. Em 2015, essa sequência não chegou a 300 horas. O frio ameno afetou a brotação.
Quando a brotação já havia iniciado, houve a geada tardia de setembro. O presidente explica que ainda é cedo para projetar a safra de 2017, mas, pelo menos, até agora, as condições climáticas têm deixado os produtores satifeitos.
A colheita da maçã encerrou no final do mês passado, com a safra da variedade pink lady. A principal variedade, a Gala, encerrou a safra em fevereiro, e a segunda, a Fuji, em abril. As duas principais produtoras de maçã no Brasil são Vacaria, e São Joaquim, na Serra de Santa Catarina, conforme a Associação Brasileira de Produtores de Maçã.