A Secretaria Nacional da Irrigação empenhou na terça-feira (8) R$ 1,8 milhão para os projetos de três barragens no Centro do Estado. Esse valor faz parte recursos destinados para os projetos da barragem e canais da São Sepé e dos canais da Jaguari e Taquarembó.
R$ 1 milhão deverá ser usado para os estudos de impacto ambiental para o projeto da barragem e dos canais da São Sepé. Os R$ 800 mil restantes deverão ser usados para o estudo ambiental dos canais das barragens Jaguari e Taquarembó. As obras nessas duas barragens foram retomadas em outubro deste ano. A União liberou, em setembro deste ano, R$ 26 milhões para a retomada.
Dos R$ 20 milhões para a barragem Taquarembó, R$ 6 milhões já foram pagos para a empresa responsável (Construtora Sanenco Ltda, de Minas Gerais) retomar as obras que estão 80% prontas.
Em relação à barragem Jaguari, o acordo é que fossem liberados R$ 1 milhão por mês à empresa (Sultepa, de Porto Alegre), a partir de setembro, dos R$ 5 milhões já empenhados. Ela está 52% pronta. O R$ 1 milhão restante ficou com a de São Sepé.
Quando prontas, daqui a 18 meses, as barragens trarão economia a pelo menos cinco municípios (Dom Pedrito, Rosário do Sul, Lavras do Sul, São Gabriel e Bagé) por meio da garantia do abastecimento de água.
Histórico
A barragem de Taquarembó teve as obras paralisadas em março de 2011 porque a verba acabou faltando 20% para conclusão, foi retomada em junho de 2014 e paralisou de novo. A de Jaguari foi paralisada em janeiro de 2012 por falta de matéria-prima, foi retomada em 2014 e paralisou por falta de licenciamento ambiental. Elas já consumiram cerca de R$ 150 milhões em recursos públicos e, para que fiquem prontas, ainda faltam mais cerca de R$ 150 milhões.
As obras das barragens foram lançadas pelo governo em abril de 2007. As licitações foram abertas em maio de 2008 com orçamento de R$ 165 milhões e previa fim das obras para dezembro de 2009. Em novembro de 2007, a Polícia Federal (PF) apurou irregularidades em obras de infraestrutura na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde contatos telefônicos revelavam tentativa de favorecimento em licitações para as barragens. Em maio de 2008, foi dada a ordem para construção.