Risco de racionamento
Os reajustes expressivos na conta de luz pesam no orçamento das famílias e impactam diretamente no custo de produção das indústrias, que repassam parte da despesa para os consumidores. O aumento nos gastos pode inibir ainda mais a produção nas fábricas, que está cambaleante há pelo menos quatro anos.
Disparada do dólar
A escalada da moeda americana, que em fevereiro subiu quase 5% é benéfica para a indústria exportadora, pois torna os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional. O câmbio mais alto, no entanto, empurra a inflação para cima. Com menor oferta, já que parte da produção nacional acaba indo para o Exterior, os preços sobem.
Ajuste do governo
De olho nas próprias contas, o governo reduziu boa parte dos estímulos dados a setores da economia nos últimos anos. Com a menor concessão de crédito de bancos públicos e o fim de incentivos tributários, as companhias terão mais dificuldade para conseguir financiamento barato com vistas a ampliar a produção.
Alta do juro básico
Para segurar a inflação, o Banco Central elevou a taxa básica de juro. Nessa estratégia, inibe o consumo, mas também os investimentos. Sem conseguir recuperar a confiança dos empresários e dos consumidores, o juro mais alto diminui o ritmo dos mercados fazendo que o crescimento do Brasil seja ainda menor.
Crise hídrica
De restaurantes a fábricas, parte das empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais está enfrentando cortes no abastecimento de água. A região tem um peso importante para a economia do país e, por isso, a crise hídrica pode ser um obstáculo importante para o crescimento em 2015.
Escândalo da Petrobras
As investigações envolvendo a principal estatal brasileira impactam diretamente a imagem do país no Exterior e afastam investidores estrangeiros. Com o ritmo dos investimentos da própria petrolífera mais lento, o desempenho de outros segmentos da economia, como a indústria naval, deve ser afetado.