A maior causa do buraco na balança comercial brasileira, a queda dos negócios com os hermanos volta a ser discutida. Representantes do governo brasileiro e argentino têm encontro em Buenos Aires para avaliar como destravar, pelo menos em parte, as restrições à entrada de produtos nacionais naquele país. Fontes dizem que há boa vontade do governo Kirchner em negociar, mas isso não significará grandes facilidades - ou menor aperto -para as exportações brasileiras. Como as vendas externas de manufaturados do Brasil perderam mercado nos países desenvolvidos nos últimos anos, o caminho foi apostar no país vizinho. E, para se ter uma ideia do peso das compras argentinas nos nossos negócios, vale lembrar que apenas a exportação de carros nacionais no primeiro bimestre caiu 43%. Hoje, a maioria de veículos exportados pelas montadoras com fábricas no Brasil vai para a Argentina. Em um passado recente, carros made in Brasil já foram encaminhados para outros mercados, como o europeu e o dos EUA. Com a perda de competitividade da indústria nacional, foram encolhendo e, hoje, os hermanos ocuparam esse espaço.
Informe Econômico
Maria Isabel Hammes: queda dos negócios com os argentinos volta à discussão
Exportações de carros brasileiros para o país vizinho recuou 43% no primeiro bimestre