O desempenho da produção gaúcha e brasileira é monitorado de perto por diferentes entidades. A necessidade de saber o tamanho da safra está diretamente relacionada com o impacto que a colheita tem na economia, como mostram os bons resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul no ano passado.
Nos levantamentos divulgados nesta quarta-feira pela Emater e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) há uma diferença com relação à projeção da produção de soja. Enquanto a Conab reduziu a estimativa para 12,31 milhões de toneladas - o que seria um pouco abaixo do resultado do ano passado -, a Emater projeta uma safra histórica de 13,24 milhões de toneladas. E por que existe essa desigualdade de números? Método, época e tamanho da amostra são as razões apontadas.
- Temos um sistema de acompanhamento quinzenal - explica Gianfranco Bratta, coordenador do núcleo de informações e análises da gerência de planejamento da Emater.
No caso da entidade, os dados da soja referem-se a 317 municípios gaúchos, que representam 82% da área cultivada com o grão. Foram coletados no período de 5 a 10 de março e analisados no dia 11.
Ou seja, é pão quente saindo do forno. As projeções coletadas pela Conab são da última semana de fevereiro, momento em que a soja ainda estava no final do ciclo - agora em março, já há lavouras prontas para a colheita. Foi também em fevereiro que apareceram os efeitos da falta de chuva em algumas regiões do Estado.
- Intercalamos a ida ao campo com a coleta de informações - explica o superintendente regional da Conab, Glauto Melo Junior, sobre o levantamento.
O tamanho real da produção só será conhecido com o término da colheita.