Em uma decisão que vem sendo especulada por especialistas do mercado financeiro desde o início deste ano, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anunciou uma alteração em seu programa de compra de US$ 85 bilhões em títulos do Tesouro americano. Após reunião do comitê responsável pela política monetária do banco (FOMC, na sigla em inglês), o presidente do Fed, Ben Bernanke, informou que as injeções mensais serão reduzidas em US$ 10 bilhões.
Desde o início de 2013, rumores de que o Fed poderia começar a reduzir os estímulos - usados para ajudar o país a se recuperar da crise financeira de 2008 - refletiram no mercado brasileiro provocando uma desvalorização do real frente ao dólar. No final de agosto, a moeda americana chegou a ser cotada a R$ 2,45 - maior valor desde o início de 2009.
Nesta quarta-feira, diante da expectativa do anúncio, o dólar fechou com alta de 0,94%.
Em Wall Street, numa sessão em que chegou a subir mais de 0,4% e operar ligeiramente no vermelho antes da decisão do Fed, o índice Dow Jones reagiu avançando cerca de 1% em poucos minutos. No Brasil, a Bolsa de São Paulo (Bovespa) aumentou mais de 1,5% pela manhã, mas fechou com ganho próximo de 0,9%.
Em uma nota oficial divulgada após o fim da reunião, o comitê disse que vê "melhorias na atividade econômica nas condições do mercado de trabalho" do país. Bernanke afirmou que a situação está melhor, mas afirmou que ainda há muito que ser feito para que a economia volte ao normal.