O primeiro-ministro da França, François Fillon, disse nesta quinta-feora, após encontro com a presidente Dilma Rousseff, que o seu país está determinado a controlar as finanças públicas, conforme acordo firmado no último dia 9, em Bruxelas. Segundo Fillon, que esteve também em São Paulo nesta quinta-feira, a França está empenhada em investir na retomada do crescimento europeu.
Na conversa com Dilma, a crise econômica internacional foi um dos temas, em particular, a crise da dívida enfrentada atualmente por alguns países da zona do euro.
Em declaração conjunta após o encontro, a presidente reafirmou que o Brasil pretende contribuir, se necessário, com recursos para o FMI, mas destacou que isso depende da implementação de reformas que garantam maior participação de países emergentes nas decisões da instituição:
- Reafirmei a disposição do governo brasileiro de realizar, se necessário, novos aportes de recursos ao Fundo Monetário Internacional, desde que tenhamos garantia de que a reforma de 2010 do fundo será implementada.
O primeiro-ministro francês elogiou os avanços do Brasil nas áreas econômica e social e concordou com o pleito da presidente de maior influência do país nas instâncias internacionais.
- Uma influência nova do Brasil no cenário internacional é legítima.
Dilma falou também sobre os resultados da Conferência do Clima, em Durban, África do Sul, encerrada no último domingo. Ela disse que o balanço foi positivo e reconheceu o esforço dos países desenvolvidos para reduzir as emissões de gases, mas ressaltou que ainda é preciso avançar nessa questão.
- Há ainda muito trabalho pela frente. Temos até 2015 para negociar um pacto climático sólido, que respeite os princípios das responsabilidades comuns, porém, diferenciadas. Ao tratar de medidas de mitigação de mudanças no clima, ressaltamos a importância da diversificação de fontes de energia - concluiu.
Crise em pauta
Após reunião com primeiro-ministro francês, Dilma reafirma que Brasil está disposto a fazer novo aporte para FMI
Contribuição depende de reformas para ampliar participação de emergentes no fundo
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