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Ao comprar uma casa, um carro, uma joia ou até mesmo uma blusinha basiquinha é normal sentir prazer, vai dizer? O consumo de bens materiais desperta esta sensação – e isso não sou eu que estou dizendo, mas os profissionais especializados na mente humana.
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ESSA COISA TÃO COMPLICADA…
Porém, a pergunta que fica é a seguinte: bens materiais representam de fato a felicidade? Não, não e não. Felicidade é um estado de alma que não consiste em ter as coisas, mas em ser aquilo que a gente almeja. Ela é um estado interno duradouro, não momentâneo. Picos de alegria não representam necessariamente a felicidade.
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ALEGRIA NÃO É FELICIDADE
A psicóloga e psicoterapeuta Maura de Albanesi me explicou que a felicidade vem de um estado perene de aceitação dos fatos como são e, desta forma, nos sentimos gratos da forma como são. Mas atenção: isso não implica em não nos esforçarmos para melhorarmos enquanto pessoas, sem que isso seja uma tortura, mas um ato de prazer.
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A felicidade vem junto com prazer em tudo o que fazemos. Consiste em trazer para o dia a dia o gosto de viver das coisas como elas são e não como elas deveriam ser segundo o nosso julgamento. Não importa o externo. A felicidade é algo interno. Bens materiais, viagens e outros júbilos da vida, por si só, não fazem com que alguém seja feliz.
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Sobre essa “obrigação” de ser feliz, a psicoterapeuta explica que também surgem questionamentos e cobranças como “você tem que ser feliz”, “por qual motivo você não é feliz?”, “você é uma pessoa bonita e bem-sucedida na carreira e está reclamando?”.
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VAI CUIDAR DA TUA VIDA!!!
Nós temos muitas opções externas e pouca atenção damos ao que adquirimos internamente. Com isso, a felicidade vai se distanciando. Motivo: o conceito de felicidade imposto pela sociedade, que propõe o consumismo como forma de chegar à felicidade.
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COMPRAR, COMPRAR, COMPRAR
Nessa roda-viva que entramos sem tempo de parar para refletir, passamos a achar que “ter alguma coisa” significa ser algo. A própria palavra diz “ser feliz” e não “ter felicidade”. A palavra “ter” vem de um ganho externo e o “ser’” vem de um ganho interno. A sociedade propõe uma felicidade inatingível e, quanto mais temos esta visão, mais queremos.
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COMPRAR, COMPRAR, COMPRAR
Pedi a Maura de Albanesi que definisse, afinal, o que é a felicidade. Diz ela: “Creio que a felicidade é uma decisão. Nós decidimos ser felizes ou decidimos ser infelizes, independentemente das coisas que acontecem”. Pedi a ela também que desse algumas dicas práticas para a gente buscar ser cada vez mais feliz. E quer saber? Não é nada difícil!
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FALAR É FÁCIL
- Fazer o que se gosta: ter momentos de lazer, aprender a ter prazer na vida.
- Aplicar nos relacionamentos: investir tempo em construir relacionamentos sociais e amizades.
- Conhecer novos lugares: fazer coisas diferentes nos lembra que estamos vivos e nos permite ver a beleza das coisas.
- Desenvolver a espiritualidade: desenvolver a transcendência e não se apegar tanto às questões materiais. Saber que a matéria é necessária, é fundamental, mas não essencial.
- Paz de espírito: essencial, pois adquirimos esta paz no desenvolvimento do nosso autoconhecimento e espiritualidade, que nos traz esperança, tolerância e fé.
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PARTIU SER FELIZ?
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