Quando Raíssa Müller tinha 11 anos, um episódio a marcou: a morte de toneladas de peixes após um vazamento químico no Rio dos Sinos. Vislumbrou uma esponja gigante capaz de absorver as impurezas. A ideia nascida da ingenuidade infantil serviu de base para a então estudante da Escola Técnica Liberato desenvolver uma técnica barata e e sustentável de despoluição: uma esponja capaz de absorver 22 vezes seu próprio volume em óleos.
Os anos de investimento no projeto, cuja aplicação está sendo estudada, rendeu à jovem de Novo Hamburgo o reconhecimento da Universidade Harvard e do Lincoln Laboratory do MIT, que batizou o asteroide 30539 como Raíssamuller, e também o prêmio Claudia na categoria revelação 2015. Aos 20 anos, aguarda os resultados de processos seletivos nos EUA e pretende seguir como pesquisadora.