Um programa ou o livro de uma exposição ajudam a torná-la inesquecível com o passar do tempo e avaliá-la, mesmo que não tenha sido vista. A jornalista Fernanda Zaffari lembrou-se de mim no Victoria & Albert Museum, de Londres, onde ela reside com o marido e os dois filhos. Ao visitar a mostra deslumbrante sobre trajes de noiva, a partir de 1673 até 2007, Fernanda me mandou o livro que a curadora Edwina Ehrman escreveu com fotos e desenhos do show (exposição, em inglês).
Eu sabia que a partir do casamento da Rainha Victoria, em 1840, o branco foi consagrado como a cor do vestido de noiva, segundo minha pesquisa para a exposição Retratos de Casamento, que ocupou o Museu Julio de Castilhos no final dos anos 80 do século passado, produzida por ZH com o patrocínio de lojas Renner. Vejo agora no livro do V&A que nas classes mais favorecidas economicamente os vestidos já eram brancos com franjas e bordados de fios de prata em 1700. No mais, eram os melhores vestidos para ir à igreja aos domingos que as noivas usavam com um veuzinho branco e buquê de flores naturais. Elas casavam-se até de preto, a cor do traje próprio de uma moça séria e confiável.
O que mudou no vestido de noiva da Rainha Victoria, sem os pesados prateados, foi a linha mais leve, o véu farto com a grinalda de flores de laranjeira de acordo com a juventude da noiva. A partir daí, o branco total se impôs, inclusive por simbolizar a pureza da noiva. No século 19, quando apareceram os primeiros grandes costureiros em Paris e Londres, mais um valor foi acrescido ao traje: a grife.
E o noivo, como fica nessa história real? Eles vestiam fraque e eram diferenciados pelo colete de cetim regiamente bordado à mão com flores de laranjeira em ponto cheio e gola de recortes também bordada.
Chama-se Bife 80 Anos (foto abaixo) o novo prato criado pelo chef uruguaio Daniel Arriola, acrescentado por Jorge e Elaine Aita ao cardápio da aniversariante Churrascaria Santo Antônio. O sofisticado bife na chapa foi degustado em almoço oferecido a um grupo de jornalistas na semana das comemorações. Na receita para 400 g de filé mignon o segredo é o molho preparado com 35g de passas de uva amaciadas na água. Depois de bem escorridas as passas são colocadas no molho, que leva vinho tinto, como o cabernet sauvignon, 75 ml de shoyo e, por fim 500 ml de molho madeira, caldo de galinha e uma colher de nata. No cozimento as finas passas de uva acabam rompendo e o vinho tinto agrega-se ao molho aveludado servido sobre o filé. O acompanhamento é arroz recém-cozido acrescido de lâminas de amêndoas refogadas na manteiga com alho e cebola.
ETIQUETA NA PRÁTICA
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AMIZADES CULTIVADAS
"Tenho 60 anos, sou uma pessoa alegre e conheço muita gente. Não sei por que, mas minhas amizades novas não duram. Não sou de conversas íntimas, nem de ficar telefonando ou passando e-mails." BRIGIDA
É provável que você não alimente suas amizades e só agora, com a proximidade da aposentadoria, percebe que lhe sobrará tempo. Comece telefonando para pessoas conhecidas com quem sente afinidades, convide para um happy hour em sua casa. Importante também é demonstrar interesse pelas conversas, sem exorbitar o uso do "eu". Mas não é da noite para o dia que se consegue fazer amizades.
PRESENTE SE AGRADECE
"Casamos faz três meses e não sei se ainda dá para agradecer os presentes. Como passamos um mês viajando, me perdi nos dias." M.LIGIA
- Agora ainda há tempo, sim. Faça um cartão impresso: Fulano de Tal e Fulana de Tal oferecem sua residência (segue endereço e telefones). Risque os sobrenomes com caneta e abaixo, escrito com a mesma tinta, agradeçam o lindo presente, de preferência nomeando-o. Outra maneira que dá mais trabalho é passar e-mails, com texto de acordo com o grau de intimidade. Sempre há tempo para agradecer.