Ao receber a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante na noite do último domingo, durante a cerimônia de entrega do Oscar, Lupita Nyong'o emocionou o público ao dizer que aquela grande felicidade sentida por ela era, lamentavelmente, consequência de um enorme sofrimento - referindo-se à trajetória de sua personagem em 12 Anos de Escravidão. E terminou aconselhando que outras também acreditem em seus sonhos, como ela própria fez. A plateia, emocionada, aplaudiu efusivamente. Foi a consagração de uma estrela que surgiu não se sabe ao certo de onde, mas que arrebatou o coração do mundo não apenas com sua atuação no longa premiado com o Oscar de Melhor Filme, mas com a personalidade e o estilo que exibe em todas as aparições.
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Lupita Amondi Nyong'o, de 31 anos, nasceu no México, na época em que seu pai era professor convidado de Ciência Política na Cidade do México. Antes de completar um ano, a família voltou para o Quênia, país de origem de onde haviam saído menos de três anos antes do nascimento da segunda dos seis filhos do casal. O retorno ocorreu para que o pai assumisse a função de professor na Universidade de Nairóbi. O nome diferente também tem uma origem curiosa. Lupita é uma carinhosa referência à padroeira do México, Nossa Senhora de Guadalupe.
Vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, ela posa ao lado dos demais premiados: a elite do cinema americano
Em entrevistas, Lupita já contou que sua infância na África foi o primeiro contato com a arte de atuar. Na escola e em família, era a primeira a escolher os personagens e representar para colegas e parentes. Quando completou 16 anos, seus pais a mandaram de volta ao México, para fazer intercâmbio e aprender espanhol - idioma no qual é fluente, junto com inglês, swahili e luo, línguas faladas pelas etnias africanas.
Para levar adiante seu sonho de atuar, estudou cinema na Yale School of Drama, na universidade americada de Yale. Fez figuração, trabalhou atrás das câmeras e estrelou um curta. Sob sua direção foi lançado, em 2009, o documentário In My Genes (Em Meus Genes, em livre tradução), sobre as pessoas albinas no Quênia. Ela foi transitando entre um trabalho e outro até que apareceu o teste para 12 Anos de Escravidão. E a vida nunca mais seria a mesma para Lupita.
Lupita em vários e deslumbrantes momentos: de Gucci turquesa, na entrega do Screen Actors Guild Awards; de Christian Dior verde no Bafta; e Miu Miu na festa que ocorreu após a cerimônia do Oscar
As misérias vividas pela personagem no filme contrastam com a imagem que, desde a primeira aparição, Lupita imprimiu no showbizz. Sempre bem vestida e elegante, com corpo atlético e absolutamente nada fora do lugar, ela é a nova sensação dos fashionistas. Sua maquiagem, seus acessórios e, claro, os vestidos que desfila nos tapetes vermelhos, não deixam dúvida de que ela tem estilo e sabe o que está fazendo. Já esteve nos sofás dos principais talkshows dos Estados Unidos, como Oprah Winfrey, Queen Latifah e Ellen DeGeneres, assim como nas capas de revistas como New York e Vanity Fair. Além de prêmios como o do Sindicato dos Atores, Globo de Ouro e Critic's Choice, ela também ganhou os olhares, a atenção e o coração do mundo.
Em cena do filme 12 Anos de Escravidão, no qual vive a escrava Patsey, a preferida do fazendeiro e que sofre agruras no cativeiro
Perfil: quem é Lupita Nyong'o, a nova queridinha do showbizz
Redação Donna
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