Estar infiltrado no meio da moda - seja trabalhando, estudando ou simplesmente observando - te permite transitar pelos mais diversos mundos e absurdos criativos. Ela ultrapassa seu propósito comercial e torna-se ferramenta de linguagem, trazendo um pouco de fantasia ao nosso cotidiano, por vezes, tão maçante. Se os estilistas utilizam dos desfiles para fazer business com poesia, podemos dizer que a roupa é a nossa válvula de escape da vida real. Isto é, pra quem tem a malícia (no bom sentido).
Já faz tempo que parei de levar a moda a sério. Tendência, tá se usando, it isso, it aquilo, vou ali tomar um sal de fruta antes que seja tarde. Depender de regras é ir totalmente contra o que a moda te permite. Ela atinge sua melhor forma naqueles que aprendem a se DIVERTIR com ela. Quem eu quero ser hoje? De que maneira quero ver o mundo, e como eu quero que o mundo me veja?
O tal do look pode te transformar em um personagem por dia, mudando a sua perspectiva sobre as situações e, inclusive, seu humor. Aquela história da "calça de dominar o mundo" é real - mas e se eu quiser encarnar uma reggaeira-gótica hoje só porque deu vontade? Eu posso e eu vou, porque a moda me dá as armas pra conquistar tal liberdade (e isso é lindo).
Estamos prestes a trocar de estação, e antes de sair em desespero atrás do que vai se usar, sugiro um exercício interno de busca pela autenticidade (aliás, está aí uma boa modalidade de #projetoverão). Tá a fim de ser piriguete? De ser modernex, fashionista, pra frentex? De não ser nada? Pois vá em frente, minha amiga. Esse é o melhor conselho de moda que posso dar. Vista o que te faz sentir bem e parta para conquistar o mundo sendo você mesmo (mesmo que esse "você" seja só por um dia).