Sem dúvida, trata-se de um loft e é um espaço inspirado na música marcada pela tecnologia de uma época menos romântica e mais objetiva. De autoria do arquiteto Ricardo Bosi, o Loft Eletro Music buscou nas raves dos night clubs dos anos 2000 a forma para representar a proposta.
Por isso, o conceito do espaço de 56 metros quadrados, distribuído em primeiro andar e mezanino, segue a economia de elementos característica daquelas propostas, aliando iluminação de efeito a poucos, mas determinantes recursos decorativos.
- A luminotéctica é pontual. Na escada, no dormitório e na cozinha segue a mesma linha, não é para iluminar, apenas para marcar detalhes - explica Ricardo.
O ar austero da paleta dominada pelo trio cinza, dourado e preto é quebrado pelas dezenas de adesivos retangulares nas paredes, alusão aos LEDs e os desenhos de teclas dos equipamentos de som.
- O cinza deixa o espaço introspectivo. Para evitar a monotonia e dar vida, usei amarelo: dourado no papel, nas pastilhas e manchas no piso. O branco suaviza a rigidez - ensina.
Dividido entre o pavimento inferior - área social -, com pé-direito de 5,5m, e o mezanino - área íntima -, o loft tem na cozinha de paredes com pastilhas douradas um refrigerador personalizado que suaviza o volume do equipamento e gera um elemento decorativo.
Foto: Guilherme Jordani, Divulgação
Sobre a bancada do cooktop, com laterais ripadas (acima), duas coifas de design italiano, com lâmpadas incandescentes e dicroicas.
Foto: Guilherme Jordani, Divulgação
No mezanino, o projeto segue a proposta de ausência de paredes convencionais, mas tem compartimentação em vidro transparente (acima) que integra a área visualmente. A cama em modelo tatame acompanha a limpeza proposta ao projeto contemporâneo e jovem.