Não é de hoje que os coletes de alfaiataria têm aparecido na lista de tendências, mas talvez seja neste verão que se aproxima que a peça se torne de fato um essencial de estilo para quem adota as novidades da temporada. Ele é destaque em muitas coleções, fazendo inúmeras parcerias: com bermuda, short, saia ou calça, sobre vestido, junto a jeans, do jeito que você achar melhor usá-lo.
Egressa do guarda-roupa masculino, é a terceira e fundamental peça do terno - junto ao paletó e à calça. Foi com o argelino Yves Saint Laurent, na recente década de 1970, que o colete se transformou em um desejo feminino, no que se define como a moda andrógina de uma das primeiras décadas a se perceber a pluralidade de tendências, que também começam a passar com mais rapidez.
O colete define perfeitamente o espírito do office look setentista, símbolo do estilo de mulheres pioneiras em ocupar postos de trabalho antes restritos a homens no universo corporativo, no mercado financeiro, nos meios de comunicação.
Com o passar dos anos, foi e voltou do nosso closet por inúmeras vezes – e foi perdendo o formalismo para transitar por outros ambientes que não o profissional. Nos anos 1980, por exemplo, abraçou o espírito festivo e dramático, fazendo dupla com calças jeans e leggings metalizadas em materiais rebuscados, como o gobelin ou o couro.
Já nos anos 1990, abraçou o minimalismo junto a calças amplas e jeans desestruturados. Nos 2000, voltou a parceria com calças de mesma padronagem, resgatando os ternos impecáveis. E hoje abraça todo e qualquer estilo, do despojado ao clássico. Inclusive, pode ser usado sozinho, como um top, com botões fechados. A escolha é sua.
