Quando a paixão encontra a ética, a memória enlaça o desejo de fazer especial, o conhecimento se alia à habilidade, nasce algo único, algo que desperta o prazer do belo, um aconchego delicioso, uma verdadeira experiência de vestir. Eis a Hinerasky, grife gaúcha de moda que estreou em abril com foco no feito à mão de tricô e em peças-chave que traduzem não uma tendência, mas, sim, um estilo, um jeito de vestir elegante que não tem prazo de validade, que exibe o selo atemporal.
Hinerasky é a Daniela Hinerasky, jornalista, pesquisadora de moda e herdeira de uma paixão pelo fazer manual sempre presente na casa da família, nas memórias de um avô alfaiate, nas lembranças de avós tricoteiras e costureiras. Dani cresceu entre novelos, linhas, tecidos, agulhas e não à toa foi na moda que se encontrou, até há pouco ensinando, pesquisando, produzindo conteúdo. Claro que nunca deixou de se encantar pelos processos, pelo artesanal, pelo capricho em cada detalhe. Reinventou-se. Rendeu-se. Criou sua marca pensando em valorizar o artesanal, a mão de obra, o conhecimento feminino, incentivando, a cada peça feita por mulheres, a independência de cada uma delas, e propondo novas curvas, outros ritmos, mais tranquilos, mais respeitosos com que faz e com quem veste. Uma roupa paciente, devagar.
— Quero me transformar junto ao setor, com muita responsabilidade e respeito por todo o processo — complementa a criadora.
Na Hinerasky, cada peça é única e o tempo é de outros tempos, quando se pensava na roupa feita para durar, para acompanhar uma história, para envolver. Cardigãs enormes de tricô coloridos, vestidos sequinhos com modelagens que os tornam naturalmente sofisticados, golas quentinhas. A ideia é ampliar o mix devagarinho, mantendo sempre a essência da marca, de fazer bem, de durar muito, de ser chique e descompromissada de excessos a qualquer hora do dia, de acompanhar o jeito de cada mulher vestir, combinar, usar. Já merece aplausos de largada.