A segunda temporada do The Voice + estreou no domingo (30) e um dos destaques foi uma figura já conhecida entre os gaúchos: Atílio Ancheta. Uruguaio naturalizado brasileiro, o agora cantor foi zagueiro na seleção do Uruguai e atuou no Grêmio nos anos 1970.
Com uma interpretação de Tuyo, bolero de Rodrigo Amarante e tema da série Narcos, Ancheta conquistou os quatro técnicos do reality. No fim, o ex-jogador de futebol optou pelo time de Fafá de Belém.
Apesar de já ter vivido grandes emoções nos campos — como quando impediu que Pelé fizesse um gol na Copa do Mundo de 1970 — nenhuma delas se compara ao que Ancheta sente quando canta. A paixão vem desde criança, quando o ex-jogador se deixava encantar pelo bolero.
— Já marquei grandes jogadores — disse, durante entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta segunda (31). — Mas quando ensaio em casa sozinho, me vejo chorando porque a música é sentimental, me vejo alegre quando a música é alegre... Quando eu estou sozinho eu sinto muito a música, e acho que isso me beneficia na minha interpretação.
Na época em que era jogador de futebol, Ancheta costumava cantar na concentração, no ônibus e nos vestiários. Essa foi a forma de ele se conectar com seus sentimentos.
Mesmo tendo virado as quatro cadeiras no reality musical da Globo, Ancheta mantém a modéstia. Ele diz que não acha que tem um "vozeirão", e por isso se esforçou muito para chegar ao The Voice+.
— É difícil de uma pessoa chega a certos lugares. Não é fácil, tem muita gente fantástica cantando. E eu sempre tentei me botar um pouco para baixo, para me esforçar para que as coisas acontecessem. E isso ocorreu quando eu era jogador, nunca me criei um grande jogador... não queria ver as coisas boas para não me enganar.
Ancheta também entoou a canção Sentimental Demais, de Evaldo Gouveia e Jair Armorim, durante o Timeline. Confira a entrevista completa: