Quase 100% do público que votou no último paredão do Big Brother Brasil 21 queria a saída dela, Karol Conká alcançou o maior índice de rejeição da história do reality. Ao sair da casa na noite desta terça-feira (23), a sister concedeu entrevista e disse o que as redes sociais já tinham sentenciado:
— Me sinto a vilã da edição. Vou encarar por um lado bom, que já fiquei sabendo que a audiência foi lá em cima — disse.
Karol foi eliminada com 99,17% dos votos, enquanto Arthur e Gilberto, que dividiram a berlinda com ela, tiveram, respectivamente, 0,54% e o,29% – menos de 1% juntos.
Acomodada na poltrona da RedeBBB, no estúdio da Globo, Karol logo foi falando sobre a decisão de não vetar a participação de Sarah na prova do líder.
— Achei que seria perseguição, ela já tinha voltado do paredão. Acredito muito na Sarah, já deixei claro para ela. Achei que seria injustiça. Imaginei que ela poderia ganhar e me botar no paredão, embora ela tenha dito: "Você tem minha palavra, não vou te colocar". Mas, lá no fundo, eu "tava" desejando isso também.
Também falou sobre seu comportamento ora agressivo, ora pedindo desculpa, definido por ela mesma como "morde e assopra".
— Eu sou assim, não tem nada a ver com falsidade. Tem a ver realmente com a pessoa saber lidar com a situação de uma maneira mais prática e com clareza. Sempre fui assim, briguei com Lucas e no outro dia "tava" pedindo perdão e "tava" de boa com ele. Sou dessa forma — disse.
Mesmo dentro da casa sabia que Gilberto tinha popularidade, e disse que acalmou o brother falando que, nesse paredão, ele não iria sair.
— Sempre chamei ele de "finalista". Se eu estivesse do lado de fora, se fosse espectadora, ia amar o Gil. Acho ele fantástico. As explosões que ele tem são genuínas, tá tudo certo. Eu tentava acalmar o coração dele. Sinto até orgulho de ter saído em uma paredão com ele.
Estendeu o conceito de "vilãos" para o grupo formado por ela, Projota, Nego Di.
— A gente era a galerinha "vilã". A gente começou essa brincadeira lá dentro. A gente falava: "tá, eles vão ficar usando esse critério de afinidade", que é uma coisa que me irrita. Não dá pra tirar uma onda de férias, ali não é isso, é um jogo. Então eu fui montar o "grupão", da galera que estava com mais "sangue nos óio".
Sem enrolar, resumiu a função do "grupão":
— O Gil e a Sarah são muito fortes. Eliminando os mais fortes, fica só os fracos e mais fácil de ganhar — pontuou.
Não escapou de falar sobre o envolvimento com Arcrebiano, por quem sentiu algo diferente a partir da festa em que todos estavam vestidos de branco.
— Quando ele falou "Qual é o seu tipo?", eu falei "Hm, esse boy tá afim de mim", e comecei a falar coisas meio que para afastá-lo. E na outra festa fiquei longe dele e falei "não vim aqui pra isso", mas comecei a achar ele interessante depois dessa segunda festa. Achei ele fofinho, querido, eu gosto de dominar e ele gosta de ser dominado. E achei interessante viver algo ali — contou.
Ficou sem jeito ao rever cenas do primeiro beijo, em que Arcrebiano parecia resistir a ela e chegou a beijá-la de olhos abertos. Frisou que dentro do reality assumiu uma personalidade que não é a mesma fora do confinamento — e brincou com a possibilidade de buscar apoio psicológico.
— Tô aliviada e tô feliz por estar lúcida, de entender quem eu sou, quem eu fui lá dentro. Lá dentro eu tava com a noção de que era a vilã, eu brincava disso. Mas eu acho que é um momento bem legal para eu ir pruma terapia, cê não acha? - questionou à ex-BBB Ana Clara, que a entrevistou.
Aparentando preocupação em perder os fãs angariados com a carreira na música, Karol Conká olhou para a câmera, ajeitou o cabelo e pediu desculpa:
— Gente, calma, me desculpe. Estou arrependida do que fiz, sim. Tenho a cara de pau de reconhecer meu erro , mas tenho também a disposição de arrumar. Então, me "descancelem", por favor. Me deem uma chance de melhorar porque o mundo não vai evoluir com a gente cancelando todo mundo e reduzindo as pessoas a um momento de vulnerabilidade.