Estrelas da teledramaturgia intimidam até quem traz inúmeros trabalhos no currículo. Mas, para talentosos atores mirins, dividir a cena com gigantes da atuação parece tão fácil como arrancar um dente de leite. Separados por gerações, viram colegas de trabalho sem distinção de idade ou bagagem de vida. A telinha fica pequena para essa gurizada fera!
Fofura gaúcha
Por Amor (1997), que acaba de passar no Vale a Pena Ver de Novo, fez o público relembrar o talento de Cecília Dassi, a Sandrinha da novela de Manoel Carlos. Com sete anos à época, a gauchinha de Esteio conquistou o país com o seu jeito natural de interpretar. Entre os momentos inesquecíveis, estão as cenas com Paulo José, que vivia Orestes, um pai de família que lutava contra o alcoolismo. Sandrinha o consolava e dava até broncas a cada recaída, mostrando mais maturidade do que muitos adultos.
"Sofrência" infantil
Alguém reconhece essa carinha? Bruna Marquezine estreou em novelas como Salete, em Mulheres Apaixonadas (2003). Na trama, a morte trágica da mãe, Fernanda (Vanessa Gerbelli) — vítima de uma bala perdida — foi só mais um dos momentos tristes na vida da garotinha, que via em Téo (Tony Ramos) uma figura paterna. Nas cenas com Tony, a pequena mostrou que estava pronta para dialogar de igual para igual com nomes consagrados. De lá pra cá, cresceu, apareceu e brilha muito dentro e fora da TV.
Vovô babão
Em Da Cor do Pecado (2004), Lima Duarte faria apenas uma participação. Seu personagem, Afonso, seria assassinado no início da trama. Porém, o que nem o autor João Emanuel Carneiro imaginava é que o público seria arrebatado pela relação dele com o neto, Raí (Sérgio Malheiros). Assim, a morte do empresário foi adiada, dando mais chances para que avô e neto tivessem lindos momentos juntos. Com 11 anos à época, Serginho parecia amigo de infância do veterano Lima. Mal sabia que o colega de cena era um dos expoentes da teledramaturgia, presente, inclusive, na primeira transmissão de TV no Brasil, em 1950.
Ruivinha de sorte
Quem também deu os primeiros passos na carreira em grande estilo foi Marina Ruy Barbosa. Em Belíssima (2005), a ruivinha contracenou com Tony Ramos (Nikos), Gloria Pires (Julia), Claudia Abreu (Vitória) e ninguém mais ninguém menos do que Fernanda Montenegro. Na trama de Silvio de Abreu, a esperta Sabina era a única a amolecer o coração da bisavó, a durona Bia Falcão.
Preciosidade de guria
Depois de impressionar na primeira fase de Avenida Brasil (2012) – no ar no Vale a Pena Ver de Novo – como Rita, Mel Maia ganhou mais destaque no ano seguinte. Desta vez, foi como a protagonista Pérola, de Joia Rara (2013). A pequenina era o bem mais precioso do severo Ernest Hauser (José de Abreu), que deixava de ser um homem cruel para se tornar o vovô mais babão de todos.
Foi a segunda parceria de Mel com José de Abreu, que em Avenida Brasil, como Nilo, fez a menina passar por maus bocados no lixão. Atualmente, eles estão de novo na mesma trama, em núcleos diferentes. Em A Dona do Pedaço, Mel vive a adolescente Cássia, e Zé, o mulherengo Otávio.