O clima de rivalidade está presente em Malhação. Nesta nova temporada, Caio (Thiago Fragoso) e Ricardo (Marcos Pasquim) são responsáveis por duros embates. A trama de Emanuel Jacobina apresenta os dois personagens como velhos conhecidos, uma vez que eles formaram uma dupla de vôlei de praia no passado. Além disso, Ricardo foi casado com a irmã já falecida de Caio. Como se não bastassem todas as mágoas que um sente pelo outro por causa do fim da parceria ou pelos problemas familiares, ambos se apaixonam por Tânia (Deborah Secco), que trabalha com eles na academia Forma.
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– O Caio tem essa função de antagonista do Ricardo e se envolve com a Tânia. Muita coisa ainda vai acontecer porque o Jacobina tem grandes ideias. A sinopse foi muito bem escrita. Para os atores é um ponto de partida, mas uma novela não é exatamente o que está no texto nesse começo, tem situações mais legais ainda por vir. Essa temporada vai ser muito especial – afirma Thiago Fragoso.
Embora Caio tenha uma postura rígida no trabalho, o treinador de Gabriel (Felipe Roque) e Giovane (Ricardo Vianna) amolece o coração quando o assunto é sobre suas sobrinhas Bárbara (Bárbara França), Juliana (Giulia Gayoso) e Manuela (Milena Melo). Inclusive, a caçula é a mais apegada ao tio desde a morte a mãe. Para defender a menina, Caio sempre enfrenta Ricardo.
– O personagem largou tudo pelo esporte. Então, todo relacionamento afetivo dele foi com as sobrinhas, que ele vê como verdadeiras filhas. Quando ele perde a irmã de forma trágica, culpa o cunhado, que resolve desfazer a parceria no vôlei de praia por ter enterrado a possibilidade de ser jogador. É um cara que tem muito rancor, mas não é mau. Quanto mais o Ricardo tinha sucesso como atleta, mais ele se afastava da filha mais nova. Então, o Caio ficava mais próximo e acabou se tornando uma figura paterna para a Manuela – explica Thiago.
Há 20 anos, Thiago já havia participado de Malhação. No entanto, para o ator, foi uma surpresa o convite para retornar à trama, agora no papel de veterano. Além do personagem ter sido escrito para ele, o intérprete de Caio revela que tinha muita vontade de trabalhar com o diretor Leonardo Nogueira e atingir o público adolescente.
– Foi um convite inesperado. Estava com esse ano todo reservado para fazer teatro, mas o Jacobina escreveu o personagem pensando em mim e isso para um ator é sempre muito lisonjeiro. Gostei de todo tratamento de imagem que o Leonardo fez, da direção dos atores, marcação de câmera. Foi um trabalho de muita sensibilidade que ele desenvolveu desde que assumiu o projeto – conta Thiago.
Mesmo estando em uma novela que alcança um público mais jovem como Malhação, Thiago diz que não permite que o filho Benjamin, de cinco anos, assista. Para o ator, o menino ainda é muito novo e poderia ficar confuso vendo-o interpretando. A única exceção que ele abre é quando o trabalho é totalmente voltado para o público infantil como alguma animação ou até mesmo o Sítio do picapau amarelo, do qual participou em 2005 e, de vez em quando, mostra ao filho.
– A gente brinca do faz de conta. Ele sabe que o papai é ator e adora quando vê alguma coisa na Globo porque sabe que eu trabalho lá. Mas acho que novela é confuso porque é uma linguagem do dia a dia. Quando fiz o Ratatouille, que foi uma animação que dublei, aí tudo bem – confessa Thiago.