Da fazenda dos Kent, passando pela redação do jornal Planeta Diário até a Fortaleza da Solidão. A exposição Heróis da DC, logo em suas primeiras salas, faz uma viagem pela história de Superman que, para os fãs, é o maior super-herói de todos os tempos.
A partir dessa imersão no universo do Homem de Aço, outras aguardam os fãs que visitarem a mostra, que estreia no BarraShoppingSul (Av. Diário de Notícias, 300 – Cristal), na Capital, nesta quarta-feira (30), a partir das 10h. É, praticamente, passar um dia com a Liga da Justiça.
No total, são 18 salas, que ocupam um total de 1.300 metros quadrados e dão destaque para super-heróis que fazem parte do imaginário popular, como Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Shazam e Flash, além do próprio Superman. Há, também, espaço para os vilões, sendo o Coringa, um dos mais icônicos das páginas das HQs da DC Comics, o que tem um local para chamar de seu.
A maior parte do acervo presente no evento pertence Ivan Freitas da Costa, colecionador, cofundador da ComicCon Experience (CCXP) e curador da exposição, que nasceu em São Paulo e tem em Porto Alegre o seu segundo destino no Brasil. No total, são mais de cem itens espalhados pelas salas, entre originais, réplicas e exclusivos.
— A ideia da exposição foi criar uma experiência imersiva para toda a família, mas que também atenda às expectativas dos fãs mais apaixonados por este universo. Ela apresenta a essência de cada um dos principais heróis e de alguns vilões da DC. Para os fãs mais hardcore, a gente tem um acervo muito grande de itens bem legais de nomes muito conhecidos, como o brasileiro Ivan Reis, que trabalhou para a DC Comics por mais de 20 anos, e Rafael Grampá, que é gaúcho — comenta Costa.
Estes itens citados pelo curador do evento ainda incluem uma reedição da Action Comics #1, que marca a primeira aparição do Superman, autografada por Jerry Siegel, cocriador do personagem; uma edição do livro Batman & Me, com desenhos originais de Bob Kane, cocriador do Batman; e dezenas de obras de arte e litogravuras originais de Alex Ross, um dos artistas mais aclamados do mundo, por conta de seu estilo realista.
— Quando a gente fala das artes originais, eu diria todas elas são raras, porque só existem aquelas. Então, são desenhos que foram feitos para a produção das histórias em quadrinhos. Não existe réplica — explica Costa, que garante que toda a exposição tem a aprovação da Warner Bros., dona da DC Comics.
Diferentes ambientes
As 18 salas que compõem a exposição Heróis da DC se diferem bem entre si, com cenários coloridos e com iluminação personalizada, além de efeitos sonoros para dar a ambientação. Em vários espaços, há estátuas com impressionantes detalhes, oriundas da aclamada empresa Hot Toys, especialista em action figures de alto padrão. Elas variam de escala, sendo algumas em tamanho real — como uma Gal Gadot como Mulher-Maravilha, um Jason Momoa como Aquaman e um Superman que fica com os olhos vermelhos.
Em comum entre os espaços está a oportunidade para o visitante tirar fotos — ou seja, são instagramáveis. No quesito interatividade, o espaço oferece algumas opções, a maioria é simples, mais atraente para as crianças. O grande destaque é uma parede com uma tela touch com um joguinho de Jovens Titãs em Ação!, animação que faz sucesso com os pequenos.
Para os adultos, a grande pedida é se impressionar com as artes únicas e as revistas antigas, algumas da metade do século passado, além de pontos sonoros com dublagens brasileiras exclusivas para a exposição, como de Márcio Seixas, dono da voz brasileira mais icônica do Batman. Pegar um telefone público e ouvir Lois Lane pode tirar um sorriso do mais sisudo dos fãs.
E, por falar no Homem-Morcego, no espaço da Batcaverna, além de um painel de controle em que o visitante se sente no comando de uma investigação do herói, ainda há um Batmóvel em escala real, vindo diretamente do filme live-action de 1989, aquele mesmo com o Michael Keaton.
Sendo assim, o passeio, que é recomendado para todas as idades, é a oportunidade de compartilhar dos itens agregados por Ivan Freitas da Costa, o "dono do campinho", nas últimas duas décadas e que estão avaliadas em R$ 1,5 milhão. O trajeto, caso o visitante deseje analisar com cuidado cada um dos espaços, leva em torno de uma hora e meia — mas não há limite de tempo para a visita. Há guias em cada sala e novas turmas entram no circuito a cada 15 minutos.
— O colecionismo é um exercício de egoísmo, no final das contas. Você pega alguma coisa do mundo, do mercado, traz para a sua coleção e fala: "Isso agora é meu”. Fazer as exposições, para mim, é um exercício de generosidade. É o contrário, porque esses itens todos estavam na minha casa, são meus, só eu via. Então, eu poder fazer as exposições e dividir isso com outras pessoas é muito legal. E isso é motivo até mesmo de orgulho para nós, brasileiros, por saber que esses itens todos estão no Brasil, mesmo sendo de interesse mundial — completa o curador da mostra.
Os ingressos, que custam R$ 60 (inteira) nos dias de semana e R$ 80 (inteira) nos finais de semana, podem ser adquiridos na bilheteria física do local e, também, pela plataforma feverup.com. Não há data de quando a exposição deixará Porto Alegre. Em São Paulo, ela ficou instalada por três meses.