O ritual de despedida de alguém com os dias contados por uma doença terminal é, no cinema, um tema de forte conexão emocional com o espectador. Mas é grande também o risco de se ver boas intenções naufragarem nas lágrimas do sentimentalismo desmedido. O diretor e roteirista catalão Cesc Gay consegue evitar, em Truman, as armadilhas recorrentes nesse modelo de enredo melodramático ao fazer da morte gatilho para celebrar a vida e a amizade – com melancolia, por certo, mas sem abrir mão de graça e ternura.
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