A nova curadoria do Cine Santander, a cargo da Prana Filmes, tem realizado no espaço cinéfilo do centro da Capital (Sete de Setembro, 1.028) mostras temáticas e ciclos com produções inéditas no Estado. Depois da programação com faroestes garimpados em diferentes regiões do mundo e do festival com filmes independentes alemães, entrou em cartaz nesta semana, e segue até 8 de agosto, uma seleção de filmes franceses contemporâneos.
Estão se revezando na grade, em três horários diários, nove longas-metragens de gêneros variados produzidos entre 2009 e 2012 e que não ganharam lançamento comercial no Brasil. Os três títulos em destaque desta quinta-feira ilustram a diversidade da mostra.
Às 15h, o documentário Em Nossas Mãos (2010), a cineasta Mariana Otero trata da aventura coletiva de um grupo de empregados que tenta manter na ativa uma empresa de roupas íntimas que faliu.
Na sessão das 17h, será exibido O Verão de Giacomo (2011), de Alessandro Comodin, comédia dramática sobre um garoto surdo de 19 anos que vive uma transformadora experiência com sua amiga de infância.
E, às 19h, no documentário Free Radicals: A História do Cinema Experimental (2011), o diretor Pip Chodorov investiga a incursão de artistas visuais pelo universo do cinema desde o início do século 20. São nomes que buscaram novas formas de expressão no uso das imagens em movimento, trilhando à margem da indústria cinematográfica tradicional com obras produzidas de forma independente e exibidas tanto em cinemas alternativos quanto em galerias de arte _ entre esses realizadores estão Stan Brakhage, Jonas Mekas e Andy Warhol.
No próximo sábado, às 19h, Milton do Prado, cineasta e professor, participa da sessão de Pégaso (2009), um dos destaques da mostra. O filme dirigido por Mohamed Mouftakir é uma coprodução com Marrocos e tem como protagonista uma garota que espelha a opressão feminina numa aldeia islâmica magrebina.
Também vale conferir o drama romântico Angele e Tony (domingo, às 15h), de Alix Delaporte. Em 2012, a produção ambientada na Normandia valeu ao casal protagonista, Grégory Gadebois e Clotilde Hesme, o César de atuação destinado a "atores promissores".