O pai de Alok, Juarez Petrillo, relatou em entrevista ao Fantástico no domingo (15) o que passou após a rave em que estava em Israel ter sofrido com um ataque do Hamas em 7 de outubro. Também conhecido como DJ Swarup, ele participava da edição israelense do festival Universo Paralello. Apesar de ser criador do evento no Brasil, ele licenciou a marca a uma produtora local, responsável por toda a organização. A festa foi interrompida por bombardeios.
Petrillo contou como percebeu que se tratava de um atentado.
— Já tava amanhecendo, a coisa mais linda. Quando olhei a pista, falei: "Gente, esta é a pista mais incrível da minha vida". De repente, estoura uma bomba do lado da festa. Foi um grito de susto de todo mundo. Nessa hora, a coisa mudou. Começaram a entrar em pânico e a chorar, foi geral — relatou.
— De repente, a gente escutou um barulho de metralhadora. O cara que tava comigo falou: "É nosso exército dando o troco". Falou desse jeito, como se fosse a defesa. Mas não, pelo contrário, eram motociclistas entrando dentro da festa — continuou.
O DJ também contou o que passou em sua cabeça quando estava abrigado em um bunker, para ter forças para sair da situação:
— O que me deu um caminho, um norte, foi quando lembrei dos meus netos. Não era DJ mais, produtor, artista, não, sou vovô.
Alok também comentou a questão envolvendo o pai e contou que só tinha ficado sabendo da situação através de vídeos da internet.
— Eu vi por causa dos vídeos da internet. Comecei a ligar desesperadamente para ele. Não consegui falar com ele, só um amigo. Depois consegui falar com meu pai. A ficha foi caindo no dia seguinte, quando a gente viu que tinha mais de 250 corpos ali, perto da área do festival, e fomos começar a entender a gravidade.