Em entrevista divulgada nesta semana ao jornalista Lee Cowan, Lady Gaga comentou sobre os momentos de depressão pelos quais passou antes do lançamento de seu mais recente álbum, Chromatica. A artista disse que chegou a desistir de si mesma e que "odiava ser famosa".
— Eu odiava ser uma estrela. Eu me sentia exausta e usada. Minha maior inimiga era a Lady Gaga. Eu pensava "O que você fez? Você não pode mais ir ao mercado, não pode mais jantar com a sua família. Tudo é sobre você. Olha para as roupas que você usa. Por que você tem que ser assim?" — revelou, afirmando ainda que passou a odiar a persona Lady Gaga.
A cantora comentou que tinha pensamentos suicidas e que chegou a ser vigiada por familiares e amigos durante anos para garantir que ficasse a salvo.
— Eu realmente não entendia por que deveria viver além de estar lá para minha família. Esses foram pensamentos e sentimentos reais, do tipo "por que eu deveria ficar por aqui?".
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Devido ao estresse causado pela fama, Lady Gaga desenvolveu fibromialgia, uma condição que causa dor muscular generalizada. Segundo ela, suas crises eram desencadeadas por situações de assédio por parte de fãs e da mídia:
— Se eu estou no supermercado e alguém chega muito perto de mim e coloca um celular bem na minha cara e começa a tirar fotos, eu fico em total pânico, dor no corpo inteiro. Fico com muito medo. É como se eu fosse um objeto, não uma pessoa.
Gaga disse ainda que o lançamento de seu novo álbum a ajudou a encontrar "uma maneira de se amar novamente". Lançado neste ano, Chromatica aborda depressão, traumas e vícios, trazendo também canções sobre como a artista se curou.
— Eu juro pelos meus filhos que nem nasceram ainda: eu não sei o porquê, mas eu preciso fazer música. Eu preciso disso aqui. Eu preciso cantar — disse, apontando para seu piano. — Eu não odeio mais Lady Gaga. Agora eu olho para este piano e penso, "Meu Deus, meu piano, meu piano que eu amo tanto. Meu piano, que me permite falar, meu piano que me permite fazer poesia. Meu piano é meu".