Em turnê pelos Estados Unidos, a cantora Daniela Mercury foi destaque no jornal The New York Times e citada por suas letras que defendem a tolerância e os direitos das mulheres. Questionada, a baiana falou da importância de levantar essas bandeiras.
— A sociedade brasileira está lutando pela democracia, lutando contra o autoritarismo, lutando pela educação. Temos que lutar para defender a natureza, os indígenas, as minorias. Direitos humanos. Isso é muito importante — disse.
A reportagem avalia que as falas de Daniela representam o momento do Brasil, que "passa por uma das épocas mais politicamente divididas e voláteis de sua história" e como ela vem lidando com essa questão.
— Sempre preferi um diálogo com todos os lados. O problema nunca é apenas governo, é a sociedade. Precisamos conversar sobre isso de maneira educada. Lutar de maneira civilizada. Qualquer outra coisa é brutalidade — afirmou a cantora.
Ao longa da entrevista, Daniela Mercury ainda falou sobre as origens da sua música e o significado.
— Axé é uma maneira afirmativa de iniciar discussões contra a opressão. Contra a exclusão social. Contra a discriminação racial. Isso para mim era uma nova linguagem poética. Sou privilegiada porque nunca fui discriminada com base na minha cor ou no meu cabelo. Sou aliada à luta contra o racismo há mais de 40 anos e continuarei sendo — ressaltou.